Em entrevista à Playboy, humorista opinou sobre junção de assuntos religiosos com política: “não se discute nada”
Fábio Porchat deu uma entrevista bastante franca à edição de julho da revista Playboy, que traz o ensaio sensual da MC Tati Zaqui na capa . Falando sobre religião, política, homossexualidade e assédio, o líder do Porta dos Fundos não fugiu dos assuntos polêmicos.
[img align=left width=300]http://p2.trrsf.com/image/fget/cf/620/0/images.terra.com/2015/07/08/fabio-porchat.JPG[/img]Ao falar sobre o envolvimento de religião com política, Porchat criticou o que chamou de um atraso causado pelos grupos religiosos. “Você não discute nada por causa da religião! Não discute nem droga direito, pelo amor de Deus! Da homossexualidade você não pode falar, não pode falar sobre casamento gay. Olha o atraso!”, disse ele.
No mesmo assunto, Fábio criticou os opositores ao projeto de legalização do aborto. “Parece que toda mulher vai ter que abortar, que o aborto vai ser obrigatório. Você vai chegar grávida e o médico vai falar: ‘vixe, senhora, não vai ter jeito. Vai ter que abortar’”, ironizou. Ateu, o humorista ressaltou, no entanto, a importância das crenças religiosas, afirmando que gosta de estudar o tema. “Para mim tudo isso [as religiões] é uma junção de coisas, de lendas e de histórias, que eram uma forma de ensinar as pessoas. E são lendas bacanas”, opinou.
Com o sucesso de seu canal no Youtube, Porchat convive com o assédio dos fãs, mas, segundo ele, com humoristas a coisa é diferente. “A realidade é que ninguém quer dar para o comediante, ele é o amigão que te conta uma piada”, disse ele, e competou: “você pode ver que, depois do espetáculo, fica muita mulher para tirar foto, mas é mulher casada que veio com o marido”.
[b]E os rumores de que seria homossexual?[/b]
Fábio negou, e aproveitou para cutucar a origem de tais boatos. “Você já reparou que de quem é gay mesmo as pessoas não falam?”, indagou. “Eu nunca vi um boato dizendo que o Marco Nanini era gay, ou um rumor falando que o Luiz Fernando Guimarães é gay. De quem é gay mesmo as pessoas não falam. Acho isso curioso…”