O fato ocorreu durante um sarau que fazia parte da programação da 4º edição do Encontro Nacional de Ateus (ENA) e teve à frente o vocalista da banda Violação Anal, Roberto Oliveira da Silva, no Coliseu da UFAC.

Um encontro de ateus, realizado na última semana, com o apoio da Universidade Federal do Acre (UFAC) gerou polêmica após ter uma Bíblia Sagrada queimada por seus participantes.

O fato ocorreu durante um sarau que fazia parte da programação da 4º edição do Encontro Nacional de Ateus (ENA) e teve à frente o vocalista da banda Violação Anal, Roberto Oliveira da Silva, no Coliseu da UFAC.

A queima da Bíblia já havia sido anunciada anteriormente pelo organizador do evento, Felipe Zanon.

“No dia em que eu tiver que censurar um artista em seus lugar de direito, o palco, será o dia em que a arte e a cultura morreram”, afirmou o estudante.

Apesar da indignação gerada pelo acontecimento, Felipe afirmou em sua página do Facebook, que este e outros atos envolvendo ícones religiosos não configuram desrespeito e que não pretende censurar atos semelhantes a este.

“E ano que vem tem mais, e se alguém quiser enfiar um crucifixo no c… durante sua apresentação, não sou eu quem vai censurar. Censura é coisa de gente tacanha, mesquinha e preocupada com a vida alheia”, afirmou.

O estudante também confirmou que o evento contou com o apoio do Partido dos Trabalhadores, citado por ele como um grupo que “se preocupa com as minorias”.

“O que eu vejo é que todo evento produzido por mim o que acaba acontecendo é uma interminável guerra de egos onde todo mundo quer dizer que pariu Mateus. Recebemos auxílio de alguns membros do PT e por isso fiz QUESTÃO de colocar o logo do governo, pois sei que este governo é um governo preocupado com minorias, como somos nós”, contou.

Fato é que não apenas cristãos se manifestaram contra a queima da Bíblia, mas também, alguns ateus trataram de expor suas opiniões na fanpage da Universidade sobre o ocorrido.

Na fanpage da UFAC, estudantes se manifestaram contrários a proibição por parte da reitoria, após o ato de queima da bíblia sagrada. O estudante da Ufac, Wesley Diógenes, que também desenvove programção cultural na UFAC lamentou a proibição, mesmo sendo adepto ao ateísmo.

“Eu sou ateu, mas não concordo com o gesto. A comunidade universitária não pode ser punida pela postura de um pequeno grupo, nós repudiamos a atitude, pregamos a tolerância, o respeito”, escreveu o estudante Wesley Diógenes, que também desenvove eventos culturais na UFAC.

Pronunciamento
Em nota, a Universidade Federal do Acre classificou o ocorrido como “desagradável” e ainda destacou a depredação do patrimônio da UFAC.

“Nos últimos dois anos, a administração da Universidade Federal do Acre buscou auxiliar e orientar as representações discentes nos procedimentos de organização de todos os eventos de socialização e integração realizados em seus limites internos. No entanto, constataram-se acontecimentos desagradáveis, principalmente referentes à depredação patrimonial.

Nesse sentido, a administração superior, preocupada em garantir as condições adequadas à segurança dos participantes nos eventos internos e em resguardar o patrimônio da instituição, vem informar que a realização de saraus ou atividades correlatas está suspensa, até que sejam institucionalizados mecanismos necessários ao bom funcionamento de tais eventos”, declarou a diretoria.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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