Assim que o papa Francisco pisar em solo brasileiro, ateus de diversas cidades do país pretendem fazer um protesto denominado de “desbatismo coletivo”.

A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA) organizou a campanha pública por meio da rede social Facebook. A entidade protesta contra os gastos públicos com a vinda do pontífice e a Jornada Mundial da Juventude.

Representantes da associação irão utilizar secadores de cabelo dirigidos a cada interessado para “evaporar as águas do batismo com os ventos do secularismo”. Segundo o presidente da Atea, Daniel Sottomaior, o desbatismo é uma maneira de expressar discordância com as ações da Igreja Católica. “Sendo desbatizada, a pessoa mostra que não quer se vincular com o que a Igreja Católica faz ou diz”, afirmou.

“Temos símbolos religiosos nas repartições públicas, frases religiosas no dinheiro, ensino religioso em escolas públicas, sintomas de uma apropriação generalizada da religião sobre o Estado. É hipocrisia reclamar dos ‘fundamentalistas’ na política enquanto não se leva a laicidade a sério”, disse Sottomaior, fazendo referência à bancada evangélica.

A entidade alega que como a visita do papa é eminentemente pastoral, não há nenhum interesse público que justifique o gasto de milhões de reais dos cofres públicos.

[b]Fonte: EM[/b]

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