A Justiça australiana revogou uma polêmica lei estadual que previa punição para aqueles que “causarem aborrecimentos” a peregrinos católicos que participam da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada na capital, Sydney, a partir desta terça-feira.

A nova lei proíbe ações como a distribuição de camisinhas ou até mesmo o uso de camisetas com mensagens anti-católicas – e pune as ações com uma multa de até U$ 5 mil (R$ 8 mil).

Criada rentemente pelo Parlamento do Estado de New South Wales, a legislação permitia que a polícia reprimisse qualquer ação que pudesse causar “aborrecimento ou inconveniência” aos católicos.

A Jornada Mundial da Juventude é o mais importante evento dirigido aos jovens realizado pela Igreja Católica – e vai contar com a presença do papa Bento 16.

A medida foi criticada por grupos defensores da liberdade civil, que consideravam a lei revoltante e desnecessária. O grupo No to Pope (Não ao Papa) desafiou a decisão inicial da Justiça no Tribunal Federal.

Em uma decisão favorável aos manifestantes, os juízes afirmaram que a cláusula do aborrecimento era inválida e que lei restringia o direito de expressão.

Papa

A Jornada Mundial da Juventude deve reunir cerca de 200 mil católicos na capital australiana.

O evento começa nesta terça-feira, mas contará com a presença do papa Bento 16 apenas nos dias finais.

Apesar disso, o pontífice já chegou à Austrália, onde deverá se encontrar com grupos aborígines para repetir o pedido de desculpas feito pelo papa João Paulo II aos povos indígenas australianos por injustiças cometidas por missionários católicos no país.

Em entrevista, ele disse a repórteres que quer “despertar consciências” e fazer com que políticos e especialistas reajam contra os problemas ambientais.

A visita do papa ao país deve ser encerrada em uma missa a céu aberto no domingo, no Hipódromo de Randwick – evento que deve atrair milhares de peregrinos.

Fonte: BBC Brasil

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