Desde o início deste ano, o preso político Luis Cueto Echevarría não recebe mais assistência religiosa. As autoridades do cárcere Ariza 2, em coordenação com Segurança de Estado de Cuba, justificam a suspensão alegando que durante as visitas o sacerdote conversava apenas de política e não de temas espirituais.
Segundo dados da imprensa independente cubana, foi o tenente Ulises Laviña quem comunicou ao preso político a decisão das autoridades _ apesar de o regulamento estabelecer que se deve dar assistência religiosa a qualquer recluso que a solicite.
Se de um lado se noticia um caso de suspensão de assistência religiosa, de outro, a Igreja cubana acaba de anunciar que aumentará o número de visitas aos cárceres do país, segundo informou o designado bispo de Cienfuegos, Dom Domingo Oropesa.
Entrevistado pela agência de notícias EFE, o prelado originário de Toledo, na Espanha, disse esperar que o projeto _ que busca melhorar a atenção aos detentos e suas famílias _ seja assumido pelas demais dioceses “como parte da pastoral, de modo a estender-se a toda Cuba”.
Nesse sentido, indicou que o bispado da Diocese de Camagüey, por onde será iniciado o aumento das visitas, solicitou voluntários entre os sacerdotes e vigários para cumprir as tarefas religiosas nas penitenciárias da província.
Em relação ao momento atual de Cuba, Dom Domingo descartou que a Igreja assuma um “posicionamento político”, e afirmou que “pode haver sim orientações doutrinais concretas para iluminar qualquer situação”.
O novo bispo de Cienfuegos concluiu ressaltando que seu interesse é pregar o Evangelho.
Fonte: Rádio Vaticano