Em meio a uma onda de ataques por parte de extremistas muçulmanos contra grupos minoritários, Bangladesh está considerando abandonar o islamismo como religião oficial do país.
A Suprema Corte do país iniciou sessões com o objetivo de ouvir os argumentos que colocam em xeque a permanência do islã como a religião oficial de Bangladesh, de acordo com o site britânico Daily Mail.
O movimento surge em meio aos incessantes ataques de extremistas islâmicos contra pessoas de outras religiões, como os cristãos, hindus e xiitas.
O caso mais recente foi a morte de um sacerdote hindu, em fevereiro, que foi esfaqueado junto com dois devotos que ficaram feridos em um ataque ao templo. O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo assassinato em um comunicado publicado pela Amaq, agência de notícias ligada ao EI no Twitter.
O debate também acontece em meio a uma advertência dos Estados Unidos, que indicou que o grupo terrorista está intensificando o recrutamento de novos militantes em Bangladesh. As autoridades do governo, no entanto, afirma que os problemas causados por extremistas podem ser “resolvidos em casa.”
No ano passado, um pastor foi atacado por três homens que, disfarçados, foram até sua casa para aprender mais sobre o cristianismo. A vítima lidera a igreja Faith Bible em Pabna, município de Rajshahi, em Bangladesh.
Segundo relatos do pastor Luke Sarker, os homens o abordaram e tentaram cortar sua garganta. No entanto, ele conseguiu acionar o alarme, sua esposa chegou e eles fugiram. Na ocasião, o pastor sofreu ferimentos leves.
Os muçulmanos constituem cerca de 90% da população de Bangladesh, enquanto os hindus representam 8% e as outras religiões, incluindo o cristianismo e o budismo compõem o restante.
[b]Fonte: Guia-me[/b]