As gravações do novo filme sobre a vida de Billy Graham, Billy: The Early Years [Billy: os primeiros anos], terminaram recentemente. O filme, que estreará em 10 de outubro de 2008, tem como foco seus primeiros anos e seu chamado para o ministério.
A história de vida de Billy Graham já foi contada inúmeras vezes por diferentes canais da mídia, mas o cineasta Bill McKay queria contar a história de forma diferente: da perspectiva de um não-cristão.
Portanto, no filme Billy: The Early Years [Billy: os primeiros anos], com estréia prevista para este outono, McKay relata a história do evangelista da perspectiva de Charles Templeton, à beira da morte. Quando jovem, Templeton foi amigo de Graham e seu colega no ministério Mocidade Para Cristo, e anos depois abandonou sua fé, tornando-se agnóstico.
Assim como Salieri contou a história de Amadeus, Templeton (interpretado por Martin Landau, vencedor do Oscar), em seu leito de morte, conta a história de Graham.
“Eu queria contar a história de Billy partindo do prisma e da experiência de um ateu. Acho que este filme terá um impacto!”, disse McKay, escritor e produtor do filme.
As filmagens foram realizadas em abril e maio, em Nashville e proximidades, no estado do Tennessee. Os realizadores do filme atualmente realizam a pós-produção, procurando editar da maneira mais rápida possível. McKay disse que pretende terminar o filme em breve, para que seja lançado enquanto Graham, que completa 90 anos neste ano, ainda está conosco.
Billy: The Early Years tem como protagonista o ator Armie Hammer e cobre a vida de Graham desde sua experiência de salvação na tenda, em 1934, em Charlotte, Carolina do Norte (EUA), até momentos de incerteza sobre seu chamado, antes de se tornar o grande e conhecido evangelista em todo o mundo.
Voltando no tempo
Além dos desafios de contar toda a história de vida de um homem em apenas duas horas, recriar a época em que os fatos ocorreram também tem sido um obstáculo desafiador.
“Temos sido extremamente meticulosos para recriar aquele período. Como eram as roupas que vestiam e até mesmo o estilo de pregação daquele tempo em contraste com o estilo atual. Cada elemento deste filme é essencial e ligado ao tempo”, disse McKay.
“Estou muito feliz com isto, pois Billy Graham é uma figura histórica não apenas como pregador mas também como alguém que impactou a vida de milhões de pessoas. Nós o vemos hoje em sua idade avançada, mas não sabia que ele tinha começado a pregar nos anos 1930. é realmente incrível poder olhar para o jovem Graham, torna-se algo mais relacionado com o público jovem.”
Fazer um filme que fosse “mais relacionado” com uma audiência jovem era parte do plano de McKay.
“Estamos tentando ilustrar para as pessoas jovens através de imagens, ideais e palavras que suas decisões têm significado e importam sim. Muitas vezes, até as menores decisões tornam-se as decisões mais importantes”, ele diz.
Segundo o coração de Deus
McKay também queria encorajar os jovens dizendo que Deus pode usá-los, independentemente de quem são ou de quais sejam seus dons.
“Deus viu em Billy o que viu em Davi, um homem segundo o coração de Deus. Billy não era orador, não podia falar para uma audiência de quarenta mil pessoas nos anos 1940. Mas Deus o escolheu. Penso que estamos mostrando a grande manifestação do poder de Deus em se apropriar das fraquezas dos homens e fazer algo grande e significativo”, disse McKay.
McKay e o co-produtor Larry Mortoff querem que seu filme mostre esta jornada.
“Sabemos onde ele está agora e em quem se tornou. é um grande orador, pregador do Evangelho, amigo dos presidentes, está entre os mais influentes do mundo. é alguém que falou com mais homens e mulheres do que qualquer pessoa na história. Mas não sabemos como ele chegou lá.”
Sua trajetória, como ele chegou lá, inclui conflitos que toda boa história (ou bom filme) precisa ter. Podemos pensar que a vida de Billy Graham foi livre de conflitos, mas o filme relata dois momentos importantes que ajudaram a moldar sua vida.
O primeiro momento foi pouco antes daquele renascimento em 1934. O pai de Billy o alertou para não ir para a tenda, mas Albert (melhor amigo de Billy) o convenceu a ir, subornando-o com um convite para dirigir seu novo caminhão. Ainda sem ter tido a experiência de “nascer de novo”, Graham foi inspirado a pregar e a cantar dentro da tenda. Conforme o evangelista Mordecai Ham entregou a mensagem do Evangelho naquela noite, o jovem Billy disse: “Foi como se ele estivesse falando comigo sobre meu pecado.” Graham então caminhou pelo corredor central da tenda, tomando uma decisão que mudaria e moldaria a história cristã.
O segundo momento foi de conflito e envolveu Templeton (amigo de Graham) e uma relação que começou quando viajaram juntos na missão Mocidade Para Cristo. Após contemplar a devastação causada pela Segunda Guerra Mundial em outros países, Templeton (no filme interpretado por Kristoffer Polaha) começou a questionar Deus e sua fé. Após estudar no Seminário Teológico, em Princeton, no final dos anos 1940, Templeton eventualmente perdeu sua fé e declarou-se agnóstico.
“Billy ficou estremecido com tudo isso. Questionou se deveria voltar para casa e tornar-se fazendeiro, seguir os passos de seu pai em vez de seguir os passos do Pai celestial. Ele estava prestes a desistir de seu chamado. Estava lutando contra Deus. Mas neste momento teve uma fantástica compreensão concreta de Deus para mergulhar na Bíblia pela fé.”
A mensagem de amor e bondade
O filme também é estrelado por Stefanie Butler (CSI:NY) como Ruth (esposa de Billy), o cantor country Josh Turner estréia no cinema como George Beverly Shea. A musicista Sierra Hull, de 16 anos, faz o papel de Catherine (irmã de Billy) e canta a consagrada música de autoria de Graham, “Assim como sou”, enquanto duas alunas da Liberty University interpretam duas amigas de Billy. Anastasia Brown (do filme O Som do Coração) dirige a parte musical. Ela também é presidenta da 821 Entertainment Group, que auxiliou os incentivos de produção do Tennessee.
Diariamente, os três atores principais, Hammer, Butler e Polaha, reuniam-se no set de filmagem para orar uns pelos outros, pelo elenco, pela produção e pelo sucesso do filme.
“Escrevi este roteiro, pois queria apresentar Jesus novamente através das experiências de um ateu que traiu o Evangelho e traiu Billy. O ponto de vista de alguém que compreendeu no fim da vida que o único caminho para a liberdade e a paz é Jesus”, disse McKay, que espera que o público veja Jesus Cristo na história.
Hammer concordou, dizendo que quer que o público “sinta a bondade e o amor. Isto está impregnado nesta história: o amor de Billy Graham pela humanidade e o amor de Deus por nós. O roteiro é baseado em amor”.
“Apesar das crenças das pessoas, quero que saiam do cinema vendo amor e bondade, assim meu trabalho estará completo. E se a mensagem de Billy Graham permear na mente do público e transformar suas vidas, isto também será ótimo.”
Fonte: Cristianismo Hoje