Em seu artigo na Folha de São Paulo desta quinta-feira, 22, a jornalista Anna Virginia Balloussier falou sobre o pastor e evangelista Billy Graham, que morreu nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, aos 99 anos.
Ela inicia dizendo que “se hoje têm a força que têm, líderes evangélicos do mundo todo —e aqui podemos incluir brasileiros como Edir Macedo e Silas Malafaia— devem um bocado a Billy Graham.”
A jornalista lembra que Graham aconselhou mais de uma dezena de presidentes americanos, do republicano Richard Nixon ao democrata Barack Obama e pregou para mais de 200 milhões de pessoas em 185 países, inclusive, a Coreia do Norte. Em 1992, o televangelista já descrito como “papa do movimento evangélico” fez uma visita pioneira à ditadura comunista de Kim Il-sung, afirma a jornalista.
Anna Virginia lembra quando o jornal oficial norte-coreano chegou a dizer, no ano retrasado, que Graham teria chamado o avô do atual mandatário da Coreia do Norte de “o Deus que comanda o mundo humano de hoje”, declaração rechaçada pela família do pastor.
Sobre os presidentes, ela lembra uma fala de Bill Clinton sobre as orações de Billy Graham: “Quando ele ora com você no Salão Oval, na Casa Branca, você sente como se estivesse orando por você, não pelo presidente”. George W. Bush, em especial, atribuía a ele sua conversão ao cristianismo.
Sobre as suas pregações, Balloussier diz que Graham definia seus cultos como “cruzadas”. Suas pregações, gostava de dizer, não eram “evangelismo de massa, mas evangelismo pessoal em larga escala”.
Graham, em suas mensagens, condenou o casamento gay, o que chamou de “declínio moral” e transgêneros, atacados em seu site por “desonrarem a bondade da criação de Deus”, diz a colunista.
“Viúvo desde 2007, Graham morava em uma casa nas montanhas, no interior de seu Estado natal. Comemorou seus 99 anos com seu bolo predileto: de limão, feito com banha de porco em vez de manteiga.
Enfrentava diversas doenças, como mal de Parkinson, câncer de próstata e hidrocefalia. Aposentou-se 13 anos atrás, quando disse: ‘Temo a morte? Não. Estou ansioso para ver Deus cara a cara'”, finaliza Balloussier.
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