Imóveis no valor de R$ 25,6 milhões teriam sido comprados com o dinheiro das doações de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. A denúncia, publicada ontem no jornal ‘O Estado de São Paulo’ revela que, carros, aviões, imóveis, emissoras de rádio e televisão e outras 19 empresas foram adquiridos em nome do líder da igreja, Edir Macedo, e de outras nove pessoas acusadas de desviar dinheiro das doações.
De acordo com a reportagem, exibida ontem no Jornal Nacional, relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que uma das empresas que mais receberam recursos da igreja foi a Rádio e Televisão Record. O relatório do Coaf serve de base à denúncia do Ministério Público (MP) contra Edir Macedo e nove acusados em crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O Coaf cita um prédio em Salvador (BA), comprado em 1999 por R$ 8 milhões. Em São Paulo, em 2000 e 2001 foram comprados uma casa por mais de R$ 3 milhões e um terreno por mais de R$ 4 milhões. No Rio de Janeiro foram comprados dois terrenos, um de quase R$ 8,5 milhões e outro, de poucos mais de R$ 1,7 milhão em 2006. Segundo o MP, os bens são comprados com dinheiro dos fiéis. O dinheiro, afirma a denúncia, passaria por empresas de fachada e voltaria ao grupo acusado.
O advogado da Igreja Universal, Arthur Lavigne, em carta, contestou as acusações. Segundo ele, os fatos “são repetição do conteúdo de outro procedimento instaurado em 1999 contra Edir Macedo, juntamente com outros religiosos e cooperadores”. Lavigne disse que todos foram “exaustivamente investigados por anos” e “a apuração foi arquivada em 2006, pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria Geral da República”.
O Jornal da Record voltou a apresentar denúncias contra a Globo, que foi acusada de usar dinheiro público para “manter a centralização da informação”. A Record cobrou investigações de denúncias contra a Fundação Roberto Marinho feitas por ex-funcionário da Globo.
Fonte: O Dia online