O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia acatou a tese da defesa e encerrou o processo, sem julgamento do mérito, que o governador do Estado e candidato à reeleição, Ivo Cassol, movia contra o bispo da diocese de Ji-Paraná, dom Antônio Possamai, a pastora Jandira Keppi, o pastor Walter Sass, do Sínodo da Amazônia, e mais quatro pessoas.

O advogado Ernande Segismundo defendeu a tese da ilegitimidade passiva dos acusados – pessoa física não pode responder por pessoa jurídica -, que foi acatada pelo TRE.

Em agosto, a Diocese de Ji-Paraná, o Sínodo da Amazônia e outras organizações de Rondônia divulgaram cartaz com a foto de 23 deputados estaduais que estão sendo investigados pela Polícia Federal por corrupção e desvio de recursos públicos.

Também o governador Ivo Cassol aparecia no cartaz, embora não estivesse sob investigação da Polícia Federal. Mas o governador está sendo processado no Superior Tribunal de Justiça sob a acusação de formação de quadrilha, desvio de dinheiro público e contrabando de diamantes.

“Durante todo o processo passamos dias turbulentos, muitas pessoas nos apoiando e outras nos achincalhando”, contou a pastora Jandira Keppi, de Ji-Paraná, aliviada com a decisão do TRE, anunciada na terça-feira.

A solidariedade recebida “nos faz sentir parte de um grupo que sonha com um mundo de justiça e paz, onde não haverá mais corrupção e lesão aos direitos humanos”, disse a pastora.

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Solidarizamo-nos com o Bispo Católico Dom Antônio Possamai, com a Pastora Jandira Keppi e com o Pastor Walter Sass na sua luta profética em Ji-Paraná, Rondônia. Parabenizamos a lucidez do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia pela justa e sábia decisão.

Alertamos todas as autoridades que honram seus mandatos e funções, dentre as quais o Ministério Público, a Polícia Federal, Militar e Civil, bem como o Governo Federal a que protejam a vida destes cidadãos legítimos de quaisquer ameaças, retaliações, vinganças, “acidentes”, e também de outros brasileiros e brasileiras em todos os recantos do País, cuja vida tem sido corajosa e firme na luta, mesmo com grande risco, contra todo tipo de corrupção que sangra o País contínua, impune e vergonhosamente.

Manifestamos nossa solidariedade à Igreja Valdense da Itália, por ter sido excluída de um diálogo que interessa a todas as formas da religião cristã, não só na Europa e na Ásia, focos principais de retaliações por motivos religiosos, mas do mundo todo. A exclusão foi, é e sempre será uma forma de violência inominável, e ninguém, na política e na religião, tem o direito de falar em nome de todos sem a legítima delegação para isso. Em posicionamento recente, conclamamos o Conselho Mundial de Igrejas a continuar intensivamente na manutenção do diálogo, sem cessar ou cansar, entre as três religiões monoteístas, de origem comum. O CMI saberá incluir neste diálogo os cristãos de diferentes tradições, inclusive de tradições inseridas nas principais zonas de conflito, onde a humanidade se reconhece única nas suas crianças, sinal da plenitude do amor de Deus, modelos de inocência e de perdão para todos nós.

A Paz, motivada pela Justiça e pela solidariedade, seja o nosso destino comum.

Rev. Manoel de Souza Miranda
Moderador do Conselho Coordenador da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil

Fonte: ALC

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