A polícia secreta polonesa (SB), sob o regime comunista, tentou em 1978 cercar Karol Wojtyla, futuramente conhecido como papa João Paulo II, com uma rede de colaboradores, entre eles um bispo conhecido como “Ramzes”, informou hoje o jornal Dziennik.
A acusação é baseada em documentos encontrados no Instituto de Memória Nacional (IPN).
O jornal não explica quem se ocultava sob esse pseudônimo.
Segundo o Dziennik, a SB tentou também comprometer algumas pessoas próximas ao então cardeal Wojtyla, consideradas “inimigas das autoridades estatais”, para que estas não tivessem a possibilidade de seguir carreira dentro da Igreja.
Trata-se de Stanislaw Dziwisz (cardeal e ex-secretário de João Paulo II), Franciszek Macharski (cardeal e sucessor de Wojtyla na Cracóvia), Andrzej Bardecki (assistente eclesiástico da publicação semanal Tygodnik Powszechny), Adam Boniecki (chefe de redação de Tygodnik Powszechny, ex-redator da edição polonesa de L’Osservatore Romano).
Dziennik acrescenta que nos próximos dias pode surgir o nome de outro bispo polonês, conhecido sob o pseudônimo de “Teolog”, que durante 25 anos colaborou com a SB.
Segundo o jornal, no IPN há mais documentos que provam a colaboração com a SB de outro membro do episcopado polonês, com o pseudônimo Rzymianin.
Outros membros da Igreja Católica na Polônia já foram acusados de colaborar ou de trabalhar como espiões para a SB.
Fonte: Jornal da Mídia