O presidente da Conferência Episcopal colombiana, Luis Augusto Castro, afirmou que a morte de “Raúl Reyes”, porta-voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assassinado pelas autoridades colombianas no Equador, dificulta buscar a paz no país e a libertação de mais reféns.
“Acho que (a morte de “Reyes”) radicaliza mais a situação, gera mais desconfiança e torna mais difícil se sentar para dialogar”, respondeu Castro, bispo de Tunja, centro, em entrevista publicada no jornal “El Tiempo”.
Para ele, os diálogos de mediação dos chamados “países amigos” (Suíça, França e Espanha) com a guerrilha estão “paralisados”.
“Primeiro, devemos esperar a conhecer como vão se recompor as Farc, para saber para onde vamos nos orientar”, disse Castro.
O religioso revelou que na Igreja Católica estão sendo “procurados contatos, mas quero manter muito na reserva este assunto, pois estamos nos movimentando no meio de muitas dificuldades”.
Ele acrescentou que ignora “se os contatos para libertar Ingrid Betancourt e outros sete civis se interromperam ou não”, mas disse que espera que isso não tenha acontecido, “porque o objetivo é que todas estas pessoas voltem a seus lares”.
A guerrilha, indicou, “pode libertá-los unilateralmente, ou pode enviá-los à Venezuela ou pode resolver falar conosco para facilitar o encontro entre eles e o Governo”.
Correa apontou que “qualquer dos caminhos é bom. Claro que surgiram mais dificuldades das óbvias” e advertiu de que “os ‘países amigos’ ficaram totalmente sem contato, perante a morte de ‘Raúl Reyes'”.
“Esperamos que as Farc nomeiem outra pessoa encarregada destes diálogos. Eles escolheram Joaquín Gómez, mas não especificaram se ele vai continuar as funções de ‘Reyes’ ou não”, disse.
Fonte: EFE