Diferentemente de outros anos, a Conferência Episcopal Panamenha minimizou o questionamento dirigido ao governo em relação aos problemas sociais e pediu a participação de todos os setores para diminuir os impactos negativos que afetam a qualidade de vida dos panamenhos.
Após o encerramento da assembléia plenária ordinária de número 183, a hierarquia católica do Panamá denunciou o aumento da cesta básica de alimentos e das tarifas dos serviços públicos, bem como a ameaça de aumento da passagem no transporte público.
Em coletiva de imprensa presidida por monsenhor José Luis Lacunza, os bispos lamentaram que o notável crescimento econômico não favoreça os 37,3% da população que vivem em situação de pobreza e pobreza crítica, mas demonstraram expectativa de que o governo implemente novas medidas de coesão social.
“Pedimos a retomada do Pacto Ético Eleitoral que, no passado, contribuiu para realizar uma campanha de alto nível e avançar na consolidação da democracia”, manifestou Lacunza.
Reunida durante os últimos cinco dias, a hierarquia católica exortou às autoridades para que cumpram os acordos do Pacto de Estado pela Justiça e o acordo sobre a necessidade de desenvolvimento de uma política de combate ao crime.
Os católicos também solicitaram que os interesses de grupos econômicos não predominem sobre a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais nos projetos de exploração mineral, construção de hidrelétricas e destruição de florestas.
Fonte: ALC