Pastora Denise Seixas, viúva do Apóstolo Rina, da Igreja Bola de Neve (Foto: instagram @deniseseixas)
Pastora Denise Seixas, viúva do Apóstolo Rina, da Igreja Bola de Neve (Foto: instagram @deniseseixas)

Nesta quinta-feira (12/12), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) expediu um mandado de reintegração de posse contra a pastora Denise Seixas, ex-esposa do fundador da Igreja Bola de Neve, apóstolo Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina.

O caso envolve uma disputa pela liderança da igreja, acirrada após a morte de Rina, em 17 de novembro, em um acidente de moto na Rodovia Dom Pedro I, em Campinas.

Em 29 de novembro, Denise foi acusada pelo atual conselho administrativo da igreja de invadir a sede da instituição, localizada em São Paulo, em uma suposta tentativa de assumir a presidência. Representada por advogados, a pastora alega que, como cofundadora e presidente, tinha o direito de estar nas dependências da igreja.

De acordo com o conselho, a presença de Denise foi marcada por ações que intimidaram os colaboradores da instituição.

“Denise adotou postura agressiva e ‘demitiu’ funcionários, como se tivesse poderes para tanto. Assustados e coagidos, os funcionários deixaram o prédio para não confrontarem aquela que já foi a vice-presidente da igreja”, consta nos autos.

Um vídeo do dia 29 mostra Denise no local, mas ela deixou o prédio no mesmo dia. Ainda assim, o conselho ajuizou uma ação de reintegração de posse, argumentando que sua presença na sede era “indevida”.

Decisão Judicial

A juíza Isabela Canesin, da 12ª Vara Cível, deferiu o pedido do conselho e autorizou o uso de “arrombamento, caso necessário”, com o acompanhamento da Polícia Militar, para cumprir o mandado. Denise tem 15 dias para apresentar sua defesa.

Denise havia renunciado ao cargo de vice-presidente da igreja em agosto deste ano, como parte do acordo de divórcio com Rina, permanecendo apenas com os títulos de cofundadora e pastora. Pelo acordo, ela receberia uma remuneração mensal de R$ 10 mil e um plano de saúde.

Entretanto, a minuta do acordo gerou controvérsias, com a defesa de Denise alegando que o documento nunca foi formalizado judicialmente e que o divórcio não foi concluído.

“Ressalta-se que a referida minuta nunca foi levada ao Judiciário, e as partes estavam discutindo a possibilidade de uma reconciliação”, afirmou a defesa de Denise.

Cenário Atual

O embate pela liderança da Bola de Neve ocorre em um momento de transição delicado para a igreja. Desde a morte de Rina, o conselho administrativo busca consolidar sua posição, enquanto Denise reivindica seus direitos e papel dentro da instituição. A decisão judicial de reintegração de posse é mais um capítulo desta disputa que envolve questões legais, administrativas e pessoais.

Folha Gospel com informações de Fuxico Gospel e Metrópoles

Comentários