Em duas décadas, 2,7 milhões de jovens entre 15 e 39 anos morreram. Jovens que, em plena fase produtiva da vida, nos deixaram.
Mas por que há tantas mortes nessa faixa etária, em que se espera que os problemas de saúde ainda não sejam prevalentes a ponto de causar morte?
O UOL pesquisou os dados de 20 anos do Datasus –sistema do Ministério da Saúde– em busca das causas de morte dessa população. O levantamento levou em conta dados de 1996 a 2015 –ano com informações mais recentes nas planilhas.
Entre as principais razões de morte estão agressões, acidentes de trânsito, câncer, doenças circulatórias e as infecções.
Em 1996, morreram 136 mil pessoas entre 15 e 39 anos. Em 2006 foram 130 mil as mortes. Já em 2015, 139 mil. Embora o número se mantenha estável, as causas das mortes mudaram ao longo desses anos.
A primeira constatação é que grande parte dos jovens não morre, é morta. As agressões são a principal responsável por tirar a vida dos jovens no Brasil. Em 2015, 43 mil jovens foram assassinados –ou 31,2% de todas as mortes.
Os acidentes de transporte causaram 20 mil mortes em 2015 –14,6% do total. Somados a outros acidentes, que mataram 7,1 mil jovens, as três causas externas sozinhas respondem por mais da metade das mortes do país nessa faixa etária.
As mortes causadas por acidentes e agressões vêm crescendo ao longo dos anos. Em 1996, elas respondiam por 49% do total de mortes, em 2015 eram razão de 58% dos óbitos.
As vítimas são na maioria das vezes homens. Em 2015, foram 72,8 mil jovens mortos do sexo masculino, contra 8,3 mil jovens mulheres.
O Nordeste é a região do país onde as agressões respondem pelo mais alto percentual de mortes de jovens: 38% das mortes foram “matadas”, como se costuma dizer na região. A taxa é bem maior que o Sudeste, por exemplo, onde esse percentual é de 22%.
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Fonte: UOL