Uma cantora pop americana causou indignação após exibir a gravação de um videoclipe obsceno e violento que fez dentro de uma igreja nos EUA.
Sabrina Carpenter, que filmou em uma Igreja Católica do Brooklyn, se justificou sobre a gravação no interior da igreja.
“Conseguimos aprovação com antecedência”, afirmou Carpenter, de 24 anos, à Variety na quarta-feira (29), ao abordar a controversa filmagem na Paróquia Nossa Senhora do Monte Carmelo-Anunciação em Williamsburg, Brooklyn. “E Jesus era carpinteiro.”
O clipe de sua música “Feather” (Pena, em tradução livre) gerou indignação ao retratar Carpenter seminua, cercada por caixões, dançando em frente ao altar.
O altar estava decorado com uma garrafa de líquido rotulada como “RIP”, uma boneca com a inscrição “Good Girls Go 2 Heaven” (Garotas Boas Vão Para o Céu, em tradução livre) e um livro intitulado “Os absorventes internos devem ser gratuitos”. Um dos caixões exibia a inscrição “RIP B—” abaixo de uma cruz.
Cenas sangrentas
Desde sua estreia no Halloween, o vídeo acumulou 12 milhões de visualizações no YouTube. O conteúdo inclui cenas sangrentas que lembram filmes de terror.
O bispo do Brooklyn, Robert Brennan, disse estar “horrorizado” com o vídeo, que resultou na destituição do monsenhor Jamie J. Gigantiello das responsabilidades administrativas após uma investigação da diocese. No entanto, ele continua celebrando missas na igreja.
Embora a paróquia tenha afirmado que a produtora responsável pelo vídeo não foi informada sobre o teor provocativo, a diocese concluiu que “uma revisão dos documentos apresentados à paróquia antes da produção, embora não tenha retratado todas as cenas, claramente representa um comportamento inadequado e inapropriado para um santuário de igreja”.
Pedido de desculpas
Após as consequências negativas, Gigantiello emitiu um pedido de desculpas em uma carta datada de 6 de novembro, solicitando o perdão dos paroquianos.
Ele afirmou que acreditava que as filmagens ocorreriam do lado de fora e que tanto ele quanto a liderança da igreja “não estavam cientes de que algo provocativo estava acontecendo dentro da igreja, tampouco sabíamos que caixões falsos e outros itens funerários seriam colocados no santuário”.
O monsenhor observou que “num esforço para fortalecer ainda mais os laços entre os jovens artistas criativos que compõem esta comunidade e a paróquia”, concordou com as filmagens depois de uma “busca geral dos artistas envolvidos não ter envolvido nada questionável”.
“Embora eu assuma total responsabilidade pela decisão errônea de permitir a filmagem, quero assegurar-lhes que não tinha conhecimento de que tal cena seria filmada em nossa igreja, que trabalhamos tanto para restaurar sua atual beleza sagrada”, ele escreveu, acrescentando que o Santíssimo Sacramento foi removido da igreja antes das filmagens.
Gigantiello também destacou que os US$ 5.000 recebidos pela igreja pelo vídeo foram doados ao Bridge to Life, um centro de gravidez sem fins lucrativos com o qual a Diocese de Brooklyn mantém vínculos.
Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post