Dentro da Igreja polonesa há “muito espírito de inimizade e muito pouco perdão”. Foi o que disse o primaz da Polônia, Cardeal Jozef Glemp, numa declaração divulgada nesta quinta-feira pela Rádio Vaticano.

O purpurado fez referência à carta de Bento XVI a Dom Wielgus, publicada na Polônia há três dias. “O Arcebispo Wielgus não fez nenhum mal, não acusou ninguém, no entanto ele passou por muitos sofrimentos” _ afirmou o cardeal, convidando a refletir sobre as palavras do papa.

Na mesma linha de reflexão, o cardeal-arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, disse que, na Igreja Católica “não pode haver represálias”. Na Igreja e na sociedade polonesas “urge a necessidade do perdão e da reconciliação”. “Alimentar as suspeitas e provocar as divisões _ observou o Cardeal Dziwisz _é a vitória “post mortem” do sistema desumano no qual fomos obrigados a viver por décadas.”

O porta-voz do Episcopado, Pe. Jozef Kloch, esclareceu que a carta de Bento XVI era a resposta à missiva enviada ao Vaticano, no dia 8 de janeiro, pelo próprio Dom Wielgus. Segundo Pe. Kloch, a resposta do papa não mudou a posição jurídica de Dom Wielgus.

Fonte: Rádio Vaticano

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