Extremistas atacaram e saquearam casas de cristãos em um povoado na Província de Minya, no Egito, em protesto contra o uso de casas como locais de oração, denunciou no sábado a Igreja Copta Ortodoxa em um comunicado.
Contatado por telefone pela AFP, o arcebispo da Província de Minya, Makarios, confirmou que “quatro casas de propriedade de coptas foram atacadas na última sexta-feira por residentes do povoado e de outras localidades vizinhas”.
No comunicado em sua página de Facebook, o arcebispo copta-ortodoxo confirmou que o ataque ocorreu no povoado de Demchaw Hashem.
“Os extremistas atacaram coptas, roubaram quantidades de jóias e dinheiro, destruíram eletrodomésticos e incendiaram algumas propriedades”, disse ele. Três pessoas, incluindo um bombeiro, ficaram feridas, tendo sido internadas no hospital público da cidade distante 250 km ao sul do Cairo.
“Os incidentes começaram quando os muçulmanos se opuseram à presença de uma igreja”, ainda que “pequena”, diz um comunicado do arcebispado, que “agradeceu ao diretor da segurança e à prefeitura” pelos esforços realizados para conter a crise” e recordou que o “Egito é um Estado de direito como confirmado pelo presidente Al Sissi em várias ocasiões.
A minoria cristã no Egito representa 10% dos cerca de 100 milhões de habitantes deste país predominantemente muçulmano, e são vítimas de discriminação. Os coptas são constantemente vítimas de ataques de extremistas, muitas vezes ligados à presença de uma igreja em um povoado.
Fonte: Vatican News