O patriarca católico Ibrahim Sidrak afirmou ainda que “não existem fraturas entre cristãos e muçulmanos”.

O patriarca da comunidade católica copta do Egito, Ibrahim Isaac Sidrak, manifestou nesta segunda-feira seu apoio “firme, consciente e livre” à polícia e às Forças Armadas pelos esforços que realizam para proteger o país.

Em um comunicado divulgado pela agência de imprensa do episcopado italiano, a SIR, o patriarca afirma que “não existem fraturas entre cristãos e muçulmanos” e rejeita qualquer “ingerência” nos assuntos internos do Egito visando influenciar “as decisões supremas”.

O líder católico agradeceu a todos os cidadãos de seu país, em particular “os muçulmanos respeitáveis, pelo apoio na defesa das igrejas e das nossas instituições”, ao mencionar os templos, escolas e lojas cristãs incendiados nos últimos dias.

Partidários do presidente islâmico, Mohamed Mursi, derrubado pelo Exército no dia 3 de julho passado, incendiaram três igrejas coptas no centro do Egito, há cinco dias, após a operação militar para retirar ativistas islâmicos que ocupavam duas praças no Cairo.

Outras duas igrejas foram atacadas e incendiadas parcialmente na província de El Menia.

Os ativistas islâmicos pró-Mursi também lançaram coquetéis molotov contra a igreja Mar Gergiss, situada na diocese de Sohaf, cidade onde vive uma importante comunidade cristã ortodoxa copta.

Os coptas, que representam entre 6% e 10% da população egípcia, tiveram uma ativa participação no movimento popular que levou à queda de Mursi.

“Não se trata de um conflito político entre diferentes setores, mas de uma luta entre egípcios contra o terrorismo”, disse o patriarca dos coptas em Alexandria.

[b]Fonte: AFP[/b]

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