Expoentes da comunidade católica indonésia manifestaram-se contrários à pena de morte, argumentando que tal pena não resolve os problemas da sociedade e pedindo respeito pela vida humana.

O secretário para o diálogo inter-religioso da Conferência Episcopal da Indonésia, Pe. Antonius Benny Susetyo disse que a pena de morte deve ser abolida do sistema legal do país. “Além de ser contra os direitos humanos, estudos ilustram que esse tipo de execução não inibe o crime” _ conclui o sacerdote.

A discussão sobre a pena capital voltou à tona depois que a Corte Suprema da Indonésia recusou, no dia 30 de agosto passado, o recurso impetrado por Amrozi _ um dos três terroristas condenados à morte, pelo atentado de 2002 _ para que sua execução fosse suspensa.

Os outros dois terroristas _ Ali Gufron e Imam Samudra _ ainda aguardam o veredicto.

Segundo expoentes da comunidade católica indonésia, é preciso abolir a pena de morte no país, e garantir que interesses políticos não influenciem as sentenças dos juízes nos casos mais sensíveis e naqueles conexos a questões religiosas.

Essa opinião é compartilhada pelo pároco da Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, em Porong, Pe. Luluk Widyawan, que cita o exemplo dos três católicos de Poso, que foram justiçados por causa das violências inter-religiosas de 2002, nas ilhas Sulawesi (ou Célebes): “Aquele foi um dos mais clamorosos testemunhos da fragilidade do sistema legal do país, diante de interesses políticos” _ sublinhou Pe. Widyawan.

Fonte: Rádio Vaticano

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