Centenas de pessoas foram às ruas de Washington, nos Estados Unidos, e marcharam pelos cristãos perseguidos no sábado (24), na terceira edição da Marcha Anual pelos Mártires.
Os manifestantes caminharam mais de 1 km até o Museu da Bíblia, onde foi realizada uma reunião de oração.
O evento contou com louvor ao vivo e discursos de líderes cristãos, como Gia Chacon, fundadora da For The Martyrs, organização que apoia cristãos perseguidos, os evangelistas Jacob Coyne e Shane Winnings, e o padre católico Simon Esshaki.
Gia contou histórias de crentes dispostos a morrer ao invés de renunciar a Cristo. Ela lembrou de cristãos iraquianos e sírios, que enfrentaram atrocidades por causa de sua fé.
“O Estado Islâmico ou militantes islâmicos entravam em suas casas e os acusavam com a pergunta: ‘Você é cristão?’ E se eles dissessem sim, isso significaria a morte ou ser expulso de sua casa”, relatou ela.
Todos os cristãos devem estar preparados para morrer por Jesus
Já o evangelista Shane Winnings ressaltou que todos os cristãos devem estar preparados para morrer por Jesus.
“Nem todos aqui serão chamados em sua vida para morrer como um mártir, mas você é chamado a viver a vida de um mártir”, declarou.
“Se queremos marchar pelos mártires, devemos primeiro estar dispostos a martirizar nossas próprias vidas antes que alguém tenha a chance de fazê-lo. Devemos morrer para nós mesmos para vencer o inimigo”.
Esshaki, um padre católico caldeu, que mora nos EUA, falou sobre um dos grupos cristãos mais antigos e mais perseguidos na história do cristianismo.
O grupo é formado pelos crentes iraquianos, caldeus, assírios e sírios. “Todos os mártires de nossa fé poderiam ter saído vivos se tivessem negado sua fé em Jesus, mas nenhum deles o fez, e é por isso que eles são exemplos para nós de como viver nossa fé, como ser fiel ao Senhor em nossa vida diária”, afirmou o líder.
“Eles podem nos ensinar muito sobre como pegar nossas cruzes e como seguir a Cristo, como perseverar até o fim”.
Ranna Salem, uma cristã assíria caldeu, participou da Marcha dos Mártires em nome de seu povo, que segundo ela, “sofreu muita perseguição desde o início do cristianismo no norte do Iraque, Turquia, Síria e Irã”.
“Só espero que possamos obter um pouco mais de atenção. Porque vivemos na América, as pessoas pensam que o cristianismo é uma religião privilegiada. Mas no Oriente Médio, é exatamente o oposto. Eles são os mais perseguidos. Eles passam por muito sofrimento. Eles não são tratados de forma igual no sistema judicial. Há muito que poderia ser feito para melhorar sua situação e eu só quero que mais pessoas se conscientizem”, disse ela, ao The Christian Post.
Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post