Autoridades chinesas da remota região de Xinjiang demoliram uma mesquita que recusou-se a pendurar cartazes de apoio à Olimpíada de Pequim, disse um grupo exilado na segunda-feira.
A mesquita ficava no condado de Kalpin, perto da cidade de Aksu, no sudoeste de Xinjiang, disse o Congresso Mundial Uigur.
O escritório do porta-voz do governo de Xinjiang disse que não iria comentar.
“A China está forçando mesquitas no Turquistão do Leste a fazer propaganda da Olimpíada para que o povo uigur apóie os Jogos, mas os uigures têm resistido a isso”, disse o porta-voz do conselho, Dilxat Raxit, em um comunicado enviado por email.
Pequim diz que a Al Qaeda está trabalhando com militantes de Xinjiang para usar o terrorismo para estabelecer um Estado independente chamado Turquistão do Leste.
Rica em petróleo, Xinjiang abriga oito milhões de uigures falantes de turco, muitos dos quais se ressentem com o crescimento econômico e a influência cultural dos chineses Han.
Dilxat Raxit acrescentou que a mesquita, reformada em 1998, foi acusada de fazer a reforma ilegalmente, além de abrigar atividades religiosas ilegais e manter cópias ilegais do Corão, o livro sagrado muçulmano.
“Todos os exemplares do Corão na mesquita foram apreendidos pelo governo e dezenas de pessoas detidas”, disse. “Os uigures detidos foram torturados”.
O revezamento da tocha olímpica passou por Xinjiang na semana passada sob um forte esquema de segurança. O controle sobre a imprensa internacional foi grande e apenas alguns comportados moradores assistiram a passagem da tocha.
Fonte: Reuters