A Polícia chinesa deteve três sacerdotes clandestinos que negavam unir-se à Associação Patriótica dos Católicos, o organismo que controla a Igreja na China, segundo o site da fundação americana Cardeal Kung.

Os três homens, identificados como Liang Aijun, Wang Zhong e Gao Jinbao, estavam na região autônoma da Mongólia Interior (norte), depois de terem escapado da província vizinha de Hebei para evitar a detenção, indica a fundação.

Após a detenção, ocorrida no último dia 24, os três padres foram trancados em jaulas de ferro, sem direito a alimentação ou água, e foram proibidos de conversar com qualquer pessoa.

Segundo a organização, os sacerdotes foram trasladados a um local desconhecido.

Estas detenções acontecem em um momento-chave no processo de aproximação entre Pequim e o Vaticano, após o envio de uma carta do Papa à China, em 30 de junho, na qual desejava restabelecer as relações diplomáticas.

Além disso, na carta, o Pontífice pedia a reconciliação entre os católicos chineses, que no total somam mais de 10 milhões de fiéis, sendo um terço deles vive na clandestinidade por reconhecer a autoridade do Papa.

A Fundação Cardeal Kung denunciou também a detenção de um quarto sacerdote, Cui Tai, após um acidente de moto no começo de julho, na província de Hebei.

Joseph Kung, presidente da fundação, pediu que o Governo “tome sérias medidas imediatamente para interromper qualquer tipo de perseguição e libertar todos os bispos e clérigos católicos, como sinal de boa fé para o Papa Bento XVI e para restaurar a confiança mundial sobre sua liderança”.

O Vaticano não tem relações diplomáticas com Pequim desde 1951, e, ao contrário, reconhece Taiwan, onde tem sua Nunciatura Apostólica (Taipé).

Fonte: Terra

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