Cinco igrejas cristãs foram atacadas neste sábado nos territórios palestinos, dias após os comentários do Papa sobre o Islã e a violência, que provocaram a indignação do mundo muçulmano.
Um grupo de homens armados abriu fogo contra o templo ortodoxo grego mais antigo de Gaza, sem causar vítimas, informaram testemunhas.
Um homem que se identificou como o porta-voz da “Organização Islâmica das Espadas da Honra” reivindicou o ataque em um telefonema à AFP.
A mesma igreja já tinha sido atacada na sexta-feira com granadas e outros artefatos explosivos artesanais.
“Atiramos por causa dos comentários do Papa. Ele deve pedir desculpas”, declarou à AFP o autor do telefonema.
Em Nablus, no norte da Cisjordânia, coquetéis molotov foram lançados hoje contra outras duas igrejas, uma anglicana e outra ortodoxa, antes que homens armados incendiassem a porta da capela católica no bairro de Rafidiyah.
No interior da capela, vazia no momento do ataque, os homens atiraram para o alto, mas sem causar danos significativos, segundo fontes da segurança palestina.
Até o momento, os ataques em Nablus não foram reivindicados.
Papa X Islã: rei marroquino protesta e chama seu embaixador no Vaticano
O rei Mohammed VI do Marrocos enviou uma mensagem de protesto ao Papa e chamou para consulta seu embaixador no Vaticano depois das “declarações ofensivas” de Bento XVI sobre o Islã, anunciaram neste sábado um comunicado divulgado em Rabat pelo Ministério das Relações Exteriores e a agência oficial Map.
“Sua Majestade, o rei Mohammed VI, Líder dos Crentes, dirigiu ao Papa Bento XVI uma mensagem escrita, protestando contra as declarações feitas pelo Papa sobre o Islã”, acrescentou a agência, sem dar mais comentários.
Segundo a chancelaria, o representante do Marrocos junto à Santa Sé, Ali Achour, foi chamado para consulta a partir de 17 de setembro “por ordens precisas” do rei Mohammed VI, em função dos “ofensivos comentários sobre o Islã e os muçulmanos que o papa Bento XVI fez em 12 de setembro na universidade de Ratisbona”, durante sua visita à Alemanha.
As declarações do Papa sobre o Islã geraram uma onda de protestos em todo o mundo muçulmano.
Fonte: AFP