O diálogo inter-religioso pela paz “Por um mundo sem violência”, realizado em Nápoles, Itália, no início desta semana, reuniu líderes religiosos, dirigentes políticos e intelectuais dos cinco continentes.
O evento foi organizado pela comunidade católica de Sant’Egidio e incluiu uma celebração eucarística oficiada pelo papa Bento XVI, no domingo, 21 de outubro.
Num painel sobre o tema “Religiões entre guerra e paz”, o secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Samuel Kobia, assinalou a existência de “três ameaças sérias à paz mundial” nos dias atuais: a proliferação nuclear acompanhada de “lutas intensas pelos recursos num mundo cada vez mais polarizado e a paulatina debilidade das instituições mundiais de responsabilidade mútua”; “o impacto crescente da mudança climática”; e “a ameaça de injustiças cada vez maiores em todos os níveis”.
Kobia destacou o papel positivo que a religião pode desempenhar num contexto como este. “As comunidades religiosas não se definem por critérios raciais ou étnicos, nem por fronteiras nacionais, mas transcendem essas divisões. Podemos, portanto, contribuir para encontrar novas formas de expressar nossa fé, ser capazes de falar a nossos semelhantes de outras religiões, e estipular visões e metas comuns pelo bem da vida”, afirmou.
O encontro integra as iniciativas do CMI em relação à Década para a Superação da Violência, que termina em 2011 com a Convocação Ecumênica Internacional pela Paz.
Entre as personalidades presentes em Nápoles estavam o grande rabino de Israel, Yona Metzger, o fundador da Universidade dos Emirados Árabes Unidos, Ezzeddin Ibrahim, o monge budista U. Uttara, de Myanmar, o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, e os presidentes da Tanzânia, Jakaya Mrisho Kikwete, e do Equador, Rafael Correa Delgado.
Fonte: ALC