Há cerca de quatro meses, um homem de 57 anos vinha se passando por fiel para furtar dinheiro do dízimo ofertado durante as missas na Catedral do Divino Espírito Santo, Centro de Bauru. Com terço em mãos, o falso religioso permanecia em oração, aguardando um momento de pouco movimento na igreja para entrar na sala onde o cofre está instalado, já que ele teve acesso a uma das chaves do cômodo.

[img align=left width=300]http://www.jcnet.com.br/banco_imagem/images/policia/N3dr88883.jpg[/img]O cadeado do cofre, então, era estourado e substituído por outro da mesma marca, levado pelo ladrão em cada ação. Estima-se em torno de cinco furtos neste período, com prejuízo de, ao menos, R$ 2 mil.

O fato de os funcionários não conseguirem abrir o cadeado e o sumiço do dinheiro levaram o pároco da catedral a instalar câmeras internas há cerca de um mês. Na quarta da semana passada, o homem foi flagrado e as imagens, entregues à Polícia Civil.

[b]Detido[/b]

Ontem de manhã, equipe da Policia Civil deteve o acusado na igreja e o levaram até a CPJ para prestar depoimento. Segundo o delegado Roberto Cabral Medeiros, o homem confessou os crimes e disse que os praticou porque estava passando necessidade financeira. No entanto, como não houve flagrante, irá responder o processo em liberdade.
“Ele alega que os furtos não passam de R$ 200,00. Mas, segundo a contabilidade da igreja, esse valor chega a aproximadamente R$ 2 mil”, relata Cabral.

O delegado explica que policiais do Deinter-4 de Bauru estavam em campana e constataram que o homem se passava por fiel. “Ele frequentava a igreja todas as manhãs, esperava que o local se esvaziasse para entrar na sala e furtar o dinheiro do gazofilácio (cofre)”.

Com o acusado, que já tem passagens por lesão corporal, danos e falso testemunho, foram apreendidos a chave da sala, um ponteiro metálico usado para arrombar o cofre e R$ 455,00. “A gente percebe que o homem não aguardava a bênção chegar até si. Ele ia até a bênção, conforme chegou a insinuar para nós. O famoso rato de igreja”, finaliza Cabral.

[b]‘Acima de suspeitas’
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“Era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Eu já o tinha visto em missas. Sempre muito quieto”, contou o padre Marcos Pavan, pároco da Catedral do Divino Espírito Santo. As câmeras foram instaladas há 30 dias, porém, o homem já havia praticado ao menos cinco furtos, disse o padre. “É uma situação chata, pois o dinheiro é dos fiéis, usado para a manutenção da igreja. Agora, a tendência é instalarmos mais câmeras”, projeta Pavan.

[b]Fonte: JC Net[/b]

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