Evangélicos consideram discriminatória a modificação proposta no Congresso ,em Peru, à lei de expedição de certidões, que permitirá às paróquias católicas entregá-las nas localidades onde não existam tabeliões nem policiais.

Eles pedem que suas igrejas tenham a mesma prerrogativa.

O parecer, aprovado pela Comissão de Defesa Nacional e Ordem Interna do Congresso, será debatido no Parlamento esta semana e estabelece que naqueles lugares onde não é possível ter acesso a notários, governos locais ou juizes de paz, os certificados sejam expedidos pelo pároco do lugar.

O sociólogo Tomás Gutiérrez, da Igreja Batista, advertiu que o projeto de lei discrimina o setor evangélico ao não dar a mesma autorização aos pastores evangélicos.

“Essa modificação não contempla o significativo crescimento das igrejas evangélicas em todo o país”, sustentou Gutiérrez. Ele estimou em cerca de 20 mil o número de congregações evangélicas no Peru.

Gutiérrez recordou que a Comissão da Verdade e Reconciliação (CVR) revelou que nos anos mais duros da guerra interna que atingiu o país entre 1980 e1991, as instituições do Estado e muitos sacerdotes católicos abandonaram as localidades andinas, enquanto os pastores evangélicos “permaneceram nas suas regiões de trabalho e estiveram entre dois fogos (militares e subversivos)”, disse.

O Congresso deveria acordar que os certificados possam ser expedidos pelo pároco ou pelo pastor evangélico, sugeriu Gutiérrez, ao ser indagado o que poderia acontecer nos locais onde não existe pároco ou ele visitar a localidade a cada mês ou semana.

Fonte: ALC

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