A comunidade islâmica no Brasil está enfurecida com o episódio da semana passada do humorístico ‘A Diarista’ e exige desculpas da TV Globo. Você acha que humoristas têm direito de fazer piada sobre cultura e religião? [url=http://www.folhagospel.com/site/html/modules/xoopspoll/]Clique aqui[/url] e vote na enquete.
“Eles não têm noção da gravidade do problema. Se não houver pedido de desculpas nacional, a comunidade islâmica mundial vai boicotar produtos brasileiros. Vai ser muito pior do que aconteceu na Dinamarca”, avisa o Sheik Jihad, vice-presidente da Assembléia Mundial dos Jovens Muçulmanos.
O episódio é encarado tão seriamente que reunião com representantes do Islamismo dos 57 países do mundo árabe já está convocada para dia 9. “Quando for batido o martelo, não há mais volta. A Globo será vista como o carrasco do Brasil”, avisa Jihad.
No episódio, Marinete (Cláudia Rodrigues) vai trabalhar para família árabe e provoca briga com vizinhos judeus, após danificar imagens sagradas das duas famílias. A comunidade islâmica se revoltou com pintura do Patriarca Mohammad, que viu como simbolizando o Profeta Maomé, alvo de piadas com conotação sexual. “Usamos imagens fictícias para não ofender ninguém”, disse o diretor do programa, José Alvarenga. A comunidade também não aprovou insinuação de que a burca, usada pelas mulheres do Islã, cheira mal.
O episódio adiou a viagem que a produção do ‘Caldeirão do Huck’ e o apresentador Luciano Huck fariam aos Emirados Árabes para gravar reportagens. Segundo a Embaixada dos Emirados Árabes, o convite está de pé. “O governo dos Emirados pode ter feito o convite, mas se a comunidade islâmica for contra, tenho certeza de que o governo desconvida”, ameaça o Sheik Jihad.
Em carta à embaixada, o diretor da Central Globo de Comunicação, Luiz Erlanger, afirma: “Sabemos que os povos encaram o humor de forma diferente e esperamos que entendam que não foi nossa intenção insultar ninguém”.
Revolta contra charge de Maomé
Na Dinamarca, a publicação de uma charge de Maomé no jornal ‘Jyllands Posten’, em fevereiro de 2006, causou protesto da comunidade islâmica por todo o mundo, embaixadas foram atacadas e houve boicote aos produtos daquele país. O evento se tornou um incidente diplomático.
O comércio do Brasil com os países árabes movimentou, só no primeiro trimestre deste ano, 1,5 bilhão de dólares, segundo a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Os principais importadores foram Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos.
Fonte: Portas Abertas