Doutrinas anti-semitistas estão em ascensão no Egito. Radicais islâmicos têm avançado contra Israel e cristãos que vivem em território egípcio. Militantes da Irmandade Muçulmana reivindicam o fechamento das fronteiras e as tensões aumentam
Na noite do último domingo (5), cerca de 35 jihadistas islâmicos invadiram uma base militar egípcia no norte do Sinai, matando 16 soldados; dois veículos blindados foram roubados. Um dos carros explodiu ao se chocar contra o muro da fronteira, enquanto o segundo veículo, que levava um homem-bomba jihadista, penetrou em Israel. Porém, já próximo à fronteira de Kerem Shalom ele foi neutralizado por uma das Forças Armadas de Israel.
Devido às circunstâncias extremas, o presidente Morsi, que passou meses esforçando-se por uma boa relação com o Hamas, não tinha muita escolha, senão fechar o cruzamento entre Rafá e Gaza. Diante disso, a Irmandade Muçulmana do Egito e os salafistas têm acusado Israel de forjar o ataque para, assim, forçar o fechamento das fronteiras.
O anti-semitismo, em ascensão no Egito, ganha mais espaço na televisão local durante o Ramadã. Como essa doutrina está associada ao nacionalismo egípcio, seu avanço resulta em maiores dificuldades políticas no combate ao terrorismo.
O presidente Morsi, que representa o partido da Irmandade Muçulmana no governo egípcio, tem pedido tolerância, exigido justiça e prometido melhorias na segurança. No final de julho, cerca de 120 famílias cristãs foram expulsas do Egito, após um levante islâmico contra suas casas. Eles foram ameaçados de morte e vários deles ficaram feridos. Segundo o presidente, tais jihadistas foram “infiéis”, por isso ele apela pelo retorno dos evangélicos às suas casas.
Por estar vivendo em um estado de declínio crônico, o Egito está sobrevivendo com ajuda. Sendo assim, o país não pode se dar ao luxo de ofender os doadores já que depende deles para obter dinheiro, combustível e pão, o que provoca uma intensa agitação interna. Uma das consequências é o aumento dos conflitos extremistas; o que está fazendo com que os cristãos tenham de emigrar. O turismo está sendo prejudicado e a violência, especialmente contra as mulheres, é generalizada.
Oremos por nossos irmãos no Egito. É esperado que salafistas e militantes da Irmandade Muçulmana reajam de maneira forte contra o fechamento da fronteira de Rafá e qualquer tentativa de processar os muçulmanos por “punirem” os cristãos serão reivindicadas. Com o aumento da pobreza e insegurança entre toda a população, a situação dos cristãos só tende a piorar.
Pedidos de oração:
1. Ore para que, apesar da dificuldade crescente no país e os egípcios estarem desiludidos e desesperados, haja uma reflexão e busca pela verdade com os corações e mentes abertos.
2. Peça que o Senhor abençoe e multiplique a fé dos cristãos no mundo árabe e que, através da literatura, do rádio, da internet e do testemunho pessoal, muitas vidas possam ser transformadas.
3. Deus, em sua Palavra, declarou que o Egito iria saber do Senhor: “Entre aqueles que me conhecem [o Senhor] eu menciono Raabe [Egito] e Babilônia…”(Sl 87.4); “Então o Senhor dirá: ‘Bendito seja o Egito, meu povo…’ (Is 19.25). Ore pelo cumprimento dessas promessas.
[b]Fonte: Missão Portas Abertas[/b]