Um Corão em alfabeto braille causou polêmica entre os membros da Conselho dos Altos Ulemás (CAU) – máxima instituição religiosa no reino – por causa de sua transcrição.
Os membros da CAU ainda discutem se aprovarão o Corão em braille.
Segundo a edição de hoje do jornal árabe internacional “Asharq Alawsat”, o CAU tem restrições quanto à validade deste Corão para os cegos, publicado recentemente pelo Governo saudita.
O xeque Abdullah bin Manich, membro da comissão, declarou ao jornal que os ulemás muçulmanos examinaram o novo Corão e até o momento se negam a dizer se o aprovam.
Segundo Manich, a polêmica do Corão em braille se baseia nas diferenças sobre o que os sábios muçulmanos consideram um livro sagrado correto de acordo com as normas do idioma escrito ou falado.
Alguns ulemás afirmam que o sistema braille – que depende de leitura e escritura tátil – não inclui todas as letras do idioma escrito, e por isso um Corão desse estilo seria diferente dos outros.
Segundo o jornal, o Governo saudita decidiu distribuir gratuitamente essa versão do Corão aos cegos dentro e fora do reino.
Fonte: EFE