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O presidente interino Michel Temer (PMDB), de ascendência libanesa, foi criado como maronita, vertente cristã tradicional do país.
Em comum com os cristãos romanos, os maronitas reconhecem a autoridade do papa e da Bíblia, mas seguem a liturgia oriental. As missas, por exemplo, são celebradas em siro-aramaico, que seria a língua falada por Jesus.
Cerca de 20% da população libanesa é maronita. Já no Brasil, o IBGE não calcula o número de fiéis que seguem essa vertente cristã.
A religião é a mais popular no vilarejo de Btaaboura, localizado no norte do país, onde o pai de Temer e três de seus irmãos nasceram.
A Prefeitura estima cerca de 400 moradores em Btaaboura. A principal rua da cidade, como indica uma placa, chamava-se “o vice-presidente do Brasil, Michel Temer”.
Nesta sexta-feira (13), o vilarejo, onde Temer esteve por duas vezes, comemorou a ascensão de seu filho ilustre à Presidência.
Para simbolizar o momento histórico, a palavra “vice”, que constava na placa, foi apagada com um spray.
Agora, restam apenas as palavras “Rua Michel Temer, presidente do Brasil”.
Hoje, o peemedebista se declara católico apostólico romano, religião mais popular entre os brasileiros.
Embora o presidente interino tenha se convertido ao catolicismo ocidental, a família continua seguindo a Igreja Ortodoxa Grega, afirmam os primos de Temer.
O peemedebista também frequentou durante os anos 1990 a maçonaria, organização ligada à Igreja Católica e que tem diversos políticos entre os seus membros.
Após assumir o cargo, na quinta-feira (12), um grupo de religiosos, entre os quais o pastor Silas Malafaia, acompanhou o novo mandatário em seu gabinete para um momento de orações e “bênção”.
Malafaia é conhecido pelas ideias conservadoras e por ser contrário à ampliação dos direitos de homossexuais.
Em vídeo divulgado em 30 de abril, Temer apareceu ao lado de outro pastor polêmico, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Na gravação, destinada a fiéis evangélicos, ele pedia “orações” pelo Brasil e “pacificação” do país.
Enquanto decidia os ministros de seu eventual governo, Temer havia cogitado nomear o bispo da Igreja Universal Marcos Pereira (PRB) para o Ministério da Ciência.
A repercussão negativa no meio científico fez o peemedebista desistir do nome.
[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]