Pastor Rene Huezo lidera a Igreja Evangélica Apóstolos e Profetas em San Jose, Califórnia, onde sua neta de 3 anos, Arely Naomi Proctor, morreu durante ritual de exorcismo
Pastor Rene Huezo lidera a Igreja Evangélica Apóstolos e Profetas em San Jose, Califórnia, onde sua neta de 3 anos, Arely Naomi Proctor, morreu durante ritual de exorcismo

Líderes religiosos de San Jose, uma pequena cidade na Califórnia, localizada nos Estados Unidos, confirmaram ter feito uma cerimônia de exorcismo em uma menina de 3 anos. O caso ocorreu em setembro de 2021 e a garota morreu após o ritual. A informação só veio à tona recentemente.

De acordo com os religiosos, a cerimônia tinha como objetivo libertar a menina “de seus espíritos malignos”. Para eles, Arely Naomi Proctor morreu por causa “da vontade de Deus”, e não como consequência do exorcismo que realizaram.

“Se você ler a Bíblia, verá que Jesus expulsa demônios e torna os doentes saudáveis ​​novamente”, disse Rene Huezo, pastor da Igreja Apóstolos e Profetas e avô da vítima, segundo depoimento dado ao jornal “The Mercury News“.

“Não é quando eu quero fazer, é quando Deus, em sua vontade, quer curar a pessoa. O pregador é como um instrumento de Deus; o que fazemos é o que Deus diz”, proferiu. Ao The Mercury, ele diz que sentiu muita dor após a morte da neta.

“É difícil para as pessoas entenderem o que aconteceu, mas é coisa de Deus, e tudo está na vontade de Deus, não importa quão pequeno ou grande”, justificou. A mãe da menina, Claudia Hernandez, também participou do ritual que levou sua filha à morte.

A mulher teria negado comida à menina e, logo depois, apertou seu pescoço durante a sessão de exorcismo. Arely foi morta por asfixia, de acordo com o laudo do legista responsável pelo caso. Ela foi presa em janeiro e responde por agressão a uma criança resultando em morte.

Menina morta após ritual se chama Arely Naomi Proctor – Foto: Internet/Reprodução/ND
Arely Naomi Proctor, a menina morta no ritual de exorcismo

Segundo o The Mercury News, Igreja Apóstolos e Profetas se reúne nos fundos de uma casa e atende cerca de 25 membros da comunidade local salvadorenha e mexicana.

Timothy Wadkins, professor de teologia da Universidade Canisius, criticou o uso de exorcismo em uma criança de 3 anos como incomum e relegou a prática à “parte radical dos pentecostais”.

“Certamente é verdade que o tipo de franja radical dos pentecostais acredita em exorcismos e os pratica e acredita que as pessoas podem ser possuídas pelo diabo”, disse Wadkins ao The Mercury News. “Eles acreditam que impor as mãos sobre as pessoas e chamar o diabo em nome de Jesus é uma maneira de livrá-las de suas posses. Você não vê isso com muita frequência nos círculos pentecostais hoje, mas você os vê na parte mais radical”.

Folha Gospel com informações de ND Mais e The Christian Post

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