Pelo menos 150 escolas na Grã-Bretanha adotaram uma nova política de uniformes que permite às crianças usarem roupas de meninos ou meninas em qualquer dia, dependendo de como elas se sentem. A idade das crianças afetadas nestas escolas primárias é de 5 a 11 anos.
“Por que tentamos definir nossos filhos com as roupas que eles vestem? Nós ainda temos o mesmo uniforme e simplesmente removemos todas as referências ao gênero em nossa nova política”, disse Jamie Barry, diretor da Escola Primária Parson Street em Bristol. Ele foi ao The Guardian para apresentar as novas regras esta semana.
A escola primária Cavendish Road no oeste de Didsbury introduziu sua nova política em setembro do ano passado. “Nós sentimos atualmente que nesta idade é inapropriado designar certos itens de vestuário para um gênero”, disse o chefe de equipe, Janet Marland.
Confusão
“Nós queríamos que nossos meninos e meninas soubessem que eles têm os mesmos direitos. Além disso, temos preocupações sobre o que algumas de nossas meninas usam, como calçados sem cadarços adequados ou solas resistentes e saias ajustadas que restringem seus movimentos. Isso impede que elas brinquem com segurança nos espaços da escola”, ressaltou.
Já o fabricante de uniformes John Lewis recentemente removeu todos os rótulos “menino” e “menina” de suas roupas para que as crianças não se sintam “oprimidas” ou como se tivessem que se adequar aos estereótipos de gênero.
O caso da Escócia
Após a ideologia de gênero passar a ser aceita em escolas e outras instituições da Escócia, o número de crianças confusas com relação ao seu próprio gênero (masculino ou feminino) que foram enviadas para especialistas aumentou cerca de 500% em quatro anos, no país.
Em 2013, apenas 34 crianças foram enviadas para apoio especializado a crianças com disforia de gênero (distúrbio que gera o conflito sobre a definição de gênero), de acordo com o jornal ‘The Times Scotland’. Mas esse número tem vindo a multiplicar quase todos os anos desde então, acabou excedendo a quantidade de 200 crianças no ano passado.
Fonte: Guia-me