“Explorar todas as soluções possíveis para resolver o conflito com o Irã através da diplomacia, e não das armas.” Este é o apelo feito pelos bispos dos EUA ao governo de Barack Obama para sair da atual crise nuclear iraniana.

O apelo está contido numa carta do Presidente da Comissão para a Justiça e a Paz da Conferência Episcopal (Usccb), Dom Richard E. Pates, à Secretária de Estado, Hillary Clinton.

Na carta, se expressa “profunda preocupação” pela atitude de fechamento expressa pelas autoridades iranianas, “mas também pelo aumento da violência verbal e das tensões” registrado nos últimos dias, com a ameaça de um ataque preventivo contra Teerã, que, felizmente, foi descartado.

Um ataque – recordam os Bispos dos EUA – levantaria uma série de questões morais e estaria em contraste com o ensinamento da Igreja, segundo o qual nenhuma ação militar é justificável sem exaurir, antes, todas as vias alternativas.

Segundo Dom Pates, uma ação militar seria “pouco sábio e poderia ser contraproducente”, também porque reforçaria o atual regime iraniano, isolando as forças do país abertas ao diálogo.

A carta pede às autoridades de Teerã que demonstrem com os fatos suas boas intenções, reiterando as preocupações já expressas pelos bispos sobre o programa nuclear iraniano, que contribuiria ainda mais a desequilibrar a região. A Obama, a Igreja pede que continue seu empenho em encontrar uma solução que reduza a ameaça da proliferação nuclear e, ao mesmo tempo, mantenha a estabilidade no Oriente Médio.

Na terça-feira, em conferência na Casa Branca, Barack Obama disse que ainda há tempo para resolver a crise sobre o programa nuclear do Irã por vias diplomáticas, sugerindo que Washington não estuda ações militares contra o país persa.

O posicionamento de Washington sobre a questão atômica vem à tona em meio a especulações de que Israel, aliado dos Estados Unidos e inimigo declarado do Irã, poderia atacar as instalações nucleares da república islâmica. As declarações de Obama foram feitas no mesmo dia que a “Isna”, agência estatal de notícias do Irã, disse que Teerã permitirá o acesso de fiscais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU a seu complexo militar de Parchin.

[b]Fonte: Rádio Vaticano[/b]

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