Em alguns países do Oriente Médio, celebrar o Natal não é uma tarefa simples. Famílias de igrejas domésticas no Irã devem comemorar o nascimento de Jesus em segredo. Sendo assim, uma menina iraniana decidiu compartilhar sua festa de aniversário com Jesus. Apesar do aniversário dela ser apenas em janeiro, ela e a família celebram o Natal nesta data, evitando suspeitas.
A mãe da menina, Elahe, explica: “Nossos filhos não podem falar nem para os amigos mais próximos sobre o Natal em casa. Somos mais monitorados por agentes de inteligência nessa época. Muitos cristãos são presos por isso, então devemos ser cuidadosos. Mas nem os riscos nos impedem de celebrar o nascimento de Jesus com nossos filhos. Por ser uma das celebrações mais importantes no cristianismo, queremos expressar nossa alegria mantendo a celebração como uma tradição na igreja”.
Apesar do desejo de estar com toda a igreja, por razões de segurança, eles celebram em pequenos grupos. Além do culto, eles comem, se divertem juntos e trocam presentes. “Em minha igreja, não há dinheiro para grandes presentes, como brinquedos para as crianças. Então usamos a criatividade. Um exemplo é que trocamos cartões com textos bíblicos”, explica Elahe.
Coração doador
Por conta da situação econômica estar muito ruim no Irã, os cristãos prepararam cestas básicas para famílias carentes, pois entendem que compartilhar faz parte da tradição natalina. Com isso, têm a oportunidade de entregar cartões de Natal e Bíblias também. “É verdade que nossos presentes de Natal não são caros, mas assim como recebemos o melhor presente de Deus para salvar a humanidade, também devemos ter um coração doador e estar dispostos a fazer os outros felizes”, conclui Elahe.
Mesmo diante de dificuldade, perseguição e com coisas terríveis acontecendo ao redor, essas crianças e suas famílias continuam permanecendo em seus países, sendo luz em meio às trevas. Nossa oração é que, assim como a estrela apontou para Cristo na noite de seu nascimento, esses cristãos apontem Jesus para aqueles que ainda não o conhecem.
Fonte: Portas Abertas