Os conflitos entre Israel e o Hamas (grupo extremista terrorista), continuam. Apesar dos civis que vivem no Norte de Gaza serem aconselhados a fugir para a região sul, muitos cristãos permaneceram abrigados em igrejas no Norte.
Na última sexta-feira, cerca de 90% dos 1.070 cristãos em Gaza foram acolhidos nos prédios das igrejas. Os seguidores de Jesus foram para as igrejas logo que saiu a comunicação oficial de que Israel faria ataques por terra, na noite anterior. Enquanto isso, há 40 mil cristãos em perigo na Cisjordânia.
De acordo com um cristão local, as pessoas estão bem, mas paralisadas e aterrorizadas. O líder cristão de uma igreja local, Gabrial Romanelli, testemunhou nas redes sociais: “Os membros da igreja decidiram ficar porque consideram impossível e perigoso deslocar-se por causa dos bombardeios”. Ele também pediu que os cristãos ao redor do mundo orassem pelo fim da violência e pelas vítimas do conflito tanto em Israel, como na Palestina.
Uma mulher cristã em Gaza escreveu nas suas redes sociais: “Isto não é vida, isto é uma morte lenta”. Diante da situação, os líderes das igrejas em Jerusalém decidiram realizar um dia de jejum e oração pelos conflitos.
Igrejas unidas em oração
Nesta terça-feira, 17, diversas igrejas de várias denominações participaram de um jejum e oração em Jerusalém, Israel. Sem a possibilidade de se reunirem, os cristãos dedicaram o dia para interceder pela paz e pelo fim dos conflitos na região.
De acordo com o líder cristão Pierbattista Pizzaballa, muitas igrejas de outros países do Oriente Médio se juntaram no movimento de oração. “Eu vi muitas propagandas de diferentes igrejas encorajando pessoas a orar e jejuar”, testemunha.
Pizzaballa ressaltou que a situação está muito tensa na Cisjordânia e que a cúpula de ferro que estava acima de sua casa foi atingida por um foguete. “Como dependemos do turismo, os cristãos sempre pagam o preço na guerra. Muitos já estão vindo às igrejas para pedir suporte financeiro”, explica o líder.
Os parceiros locais da Portas Abertas enviaram água potável e recursos para socorrer os cristãos na Faixa de Gaza em suas necessidades básicas como alimento e colchões.
Fonte: Portas Abertas