Culto na igreja queimada por militares Fulani. (Foto: Reprodução/International Christian Concern)
Culto na igreja queimada por militares Fulani. (Foto: Reprodução/International Christian Concern)

Uma comunidade agrícola cristã esteve reunida em oração, na Semana Santa, após ter sido atacada por militantes na Páscoa em 2021 e 2022, na Nigéria. A comunidade de fé está localizada no estado de Plateau, no centro-norte do país, que ocupa a 6ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, que elenca os 50 países onde é mais difícil para o seguidor de Jesus viver.

Entre adultos, crianças e idosos, cerca de 300 pessoas participaram do culto de celebração, que aconteceu em uma igreja queimada e sem teto. Este ano, os militantes não atacaram a aldeia. “Os militantes Fulani queimaram nossa igreja e nossas casas, incluindo a casa do pastor”, relembrou um líder da igreja após o culto.

Em 2021, os agressores queimaram mais de 500 casas em um vilarejo, onde morava cerca de dois mil cristãos. Eles foram deslocados para a cidade de Jos, como também para a área principal de Miango.

Em 2022, quando houve novo ataque dos militantes, destruíram mais casas e plantações na aldeia. “Perdemos tudo na comunidade e o governo se recusou a ajudar porque somos cristãos”, revelou o líder da igreja.

Desafios enfrentados

O pastor contraiu hepatite e não conseguiu arcar com as despesas do hospital, mesmo recebendo ajuda de amigos e familiares. “Ainda estou em tratamento médico, mas sou apaixonado por pregar o Evangelho de Cristo”. Anteriormente, ele teve pneumonia devido ao frio.

Na pregação, o pastor leu o texto da passagem bíblica de Marcos 15. Ele encorajou os membros da congregação a perdoar os agressores por causa do sacrifício de Cristo por seus pecados.

A igreja precisa de ajuda para fazer reparos no telhado, reconstruir a casa do pastor. É necessário ainda capacitar as mulheres da aldeia. Muitas delas consideram difícil ajudar a igreja, porque os meios de subsistência foram destruídos. Após os ataques, o número de membros diminuiu a as contribuições financeiras foram afetadas.

“Enfrentamos constantes ameaças às nossas vidas, mesmo enquanto o gado Fulani pasta em nossas fazendas e destrói nossas plantações”, compartilhou uma líder da igreja, referindo-se à tensão entre a comunidade agrícola local e os criadores de gado da área.

Nos últimos anos, militantes atacaram mais de 45 comunidades cristãs agrícolas na Rigwe, em Plateau. Eles destruíram muitos edifícios, incluindo 13 igrejas do condado de Miango.

Comunhão com informações de International Christian Concern

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