Bandeira do Iraque (Foto: canva)
Bandeira do Iraque (Foto: canva)

A violência usada pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) para dominar o Iraque causou a fuga de 1,3 milhão de cristãos do país, que foram obrigados a se refugiar em outras nações. Dos 200 mil seguidores de Jesus que restam no país, muitos se tornaram deslocados dentro do território, como Bushra e sua família.

Com a invasão dos jihadistas em junho de 2014, Bushra, o esposo e os três filhos fugiram de Mosul, onde moravam. Na fuga, foram parados pelos soldados do EI e obrigados a dar o pouco dinheiro que tinham, além das chaves da casa e os documentos de identificação.

Todos foram para Qaraqosh, onde encontraram a família da fé. “Fugimos para Qaraqosh, onde passamos 20 dias. Quando chegamos, os cristãos locais nos apoiaram muito e não nos deixaram passar necessidade. Eles foram generosos, embora sua situação também fosse instável. As pessoas de lá não sabiam que logo enfrentariam o mesmo destino”, testemunha a cristã de quase 50 anos.

Com os bombardeios, um líder cristão ligou para Bushra e alertou que ela, o esposo e os filhos junto com as famílias do pai e irmão fugissem para Erbil. Os cristãos foram apoiados com roupas, aquecedores, carpetes e outros itens de necessidades básicas.

“Ficamos em um prédio inacabado onde muitas famílias estavam. A igreja separou um pequeno espaço para cada família. Embora a situação fosse difícil, as igrejas fizeram o melhor que puderam para nos fornecer nossas necessidades básicas, como comida e outras coisas”, reconhece Bushra.

Há quatro anos, a cristã e seu marido tiveram que vender a casa em Mosul por um preço baixo para comprar uma casa pequena em Erbil. O esposo da cristã, que sustentava a família com seu trabalho, faleceu e agora ela vive com uma renda de menos de 500 reais por mês. “Peço que orem para que Deus nos envie sustento e que ele nos proteja e mantenha todos os cristãos seguros, isso é o mais importante para nós”, completa.

Fonte: Portas Abertas

Comentários