A perseguição religiosa assola países em todo o mundo e o problema está apenas piorando.
É o que afirma um relatório publicado este ano pela Comissão Americana de Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), expõe dá uma imagem clara dos principais países do mundo que promovem ou permitem essa grave violação dos direitos humanos.
Mianmar, República Centro-Africana, China, Eritreia, Irã, Nigéria, Coréia do Norte, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Sudão, Síria, Tajiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão e Vietnã são onde as pessoas enfrentam as formas mais agressivas e violentas de perseguição motivada por questões religiosas.
Gary Bauer, um dos nove comissários da USCIRF, está particularmente preocupado com a inclusão da China na lista por causa da influência que exerce.
“Então, aqui está um poder crescente. Sua economia está ficando cada vez maior a cada ano, suas forças armadas estão se expandindo. Tem ambições em todo o mundo e, em todo lugar que chega, traz consigo esses valores de perseguição”, disse ele à CBN News.
Os chamados países de “nível dois” incluem Afeganistão, Azerbaijão, Bahrein, Cuba, Egito, Índia, Indonésia, Iraque, Cazaquistão, Laos, Malásia e a Turquia (aliada da OTAN).
A Turquia, é claro, fez manchetes internacionais por manter o pastor americano Andrew Brunson refém por quase dois anos, antes de libertá-lo no segundo semestre do ano passado.
“Uma das coisas em que a comissão está realmente focada não é apenas quando há governos perpetrando a violência, mas quando os governos estão tolerando a perpetração da violência”, disse Anurima Bhargava, comissária da USCIRF, à CBN News após a divulgação do relatório.
Este relatório é único, pois os nove comissários da USCIRF não são sobrecarregados pela diplomacia. Ao contrário de muitos relatos do Departamento de Estado, esses observadores são livres para dizer o que vêem.
“Acreditamos como comissão que nenhuma pessoa, seja qual for a sua fé, deve ter medo dentro de sua casa de culto”, diz o comissário Tony Perkins.
Para os cristãos em diversas partes do mundo, a situação é ainda mais preocupante.
“Os cristãos são o grupo religioso mais perseguido do mundo e isso cresce rapidamente”, diz Bauer.
Em seu relatório, a comissão pede ao presidente Trump que nomeie um consultor especial sobre liberdade religiosa internacional, atinja os principais infratores com sanções e coloque dinheiro no esforço do Departamento de Estado para ajudar os locais de culto a se protegerem.
“As igrejas, que são alvos fáceis, tornaram-se alvos para terroristas e, portanto, acreditamos que seria um papel muito eficaz do nosso governo se juntar a esses governos para fornecer o treinamento que seria uma combinação de policiais, agências de investigação, segurança doméstica, juntamente com as casas de culto para garantir a segurança”, diz Perkins, que também serviu na equipe de segurança de sua própria igreja.
Para tantas pessoas ao redor do mundo, encontrar tolerância religiosa é cada vez mais uma questão de vida ou morte.
Fonte: Guia-me com informações da CBN News