Ataques contra cristãos na capital do Iraque deixaram pelo menos três mortos e mais de 30 feridos nesta quarta-feira.

Este novo ataque acontece dez dias depois da invasão de uma igreja católica que terminou com 52 pessoas mortas.

As novas ações voltaram a reforçar o temor dos cristãos de que insurgentes islâmicos sunitas estejam tentando expulsá-los do país, que vive um momento de forte instabilidade política, sem que líderes tenham conseguido formar um novo governo após as eleições legislativas de março.

Mais de 10 ataques foram realizadas em menos de duas horas nos bairros de maioria cristã Camp Sara, Al Wedha e Al Ghadir. Segundo uma fonte do Ministério do Interior, que falou em condição de anonimato, as ações são uma “continuação” da invasão da catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

– O que nós podemos fazer? Eles estão perseguindo os cristãos em todos os bairros de Bagdá – disse o patriarca da Igreja Católica Caldeia, Emmanuel III Delly. – Nós não podemos fazer nada para Pará-los, a não ser rezar a Deus para que eles parem com esses crimes.

A invasão da catedral foi seguida, depois dias depois, por uma série de explosões em áreas de maioria xiita, que deixaram 63 pessoas mortas em Bagdá. Rebeldes ligados à al-Qaeda reivindicaram responsabilidade pelos ataques, que parecem ter como objetivo reinstalar a violência sectária no Iraque.

Sem a formação de um novo governo, sunitas, xiitas e curdos vem disputando espaço político no país. Os cristãos são minoria e sua presença vem diminuindo desde a invasão dos Estados Unidos no Iraque, em 2003: passaram de 1,5 milhão para cerca de 400 mil.

[b]Fonte: O Globo online
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