O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) se pronunciou contra os projetos chamando um de “uma estupidez” e o outro de “um deboche”.

O atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), Marco Feliciano (PSC), incomodou líderes da causa LGBT, depois de colocar em pauta, projetos para liberar o tratamento para homossexuais pelo Conselho Federal de Psicologia e Criminalização da Heterofobia.

Em entrevista ao Terra, o deputado do PSOL afirmou que o projeto, que é conhecido como “Cura Gay”, “é uma estupidez porque (…), já é ponto pacífico na comunidade científica que a homossexualidade não é doença é uma expressão da sexualidade humana como é a heterosexualidade”.

[img align=left width=300]http://images.christianpost.com/portugues/middle/1807/jean-wyllys.jpg[/img]Jean Wyllys justificou que as pessoas nascem heterossexuais, bissexuais, homossexuais. “São três expressões da sexualidade humana, nem melhor e nem pior. (…) Se não é doença não pode ser objeto de nenhum tipo de terapia”.

Marco Feliciano contesta que o projeto defenda a cura gay, afirmando que a homossexualidade não é doença e que o projeto visa permitir o profissionar de tratar qualquer por sua sexualidade.

“A mídia divulga um PL [projeto de lei] como ‘cura gay’ quando na verdade ele não trata sobre isso, até porque homossexualidade não é doença … Esse projeto protege o profissional de psicologia quando procurado por alguém com angústia sobre sua sexualidade”, disse Feliciano pelo Twitter.

O projeto é de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) e anula parte de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) de 1999, na qual contém trechos que proíbem os profissionais de realizarem tratamento psicológico contra a homossexualidade.

Os artigos versam: “Art. 3° – os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados. Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades. Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.

O relator da proposta, deputado Anderson Ferreira (PR-PE), destacou que relaciona a homossexualidade com uma questão comportamental e não como doença. “Só estou tentando ajustar o desajuste que o Conselho Federal de Psicologia tentou fazer por meio dessa resolução. Todo ser humano tem direito a procurar ajuda e tentar entender um conflito interno”.

Outro projeto que estará em pauta é o que propõe a criminalização da heterofobia. O autor do projeto que prevê pena para a “heterofobia”, Eduardo Cunha, considera a proposta necessária, alegando que maiorias podem também ser vítimas de discriminação. “As políticas públicas antidiscriminatórias não podem simplesmente esquecê-las”.

Já para Jean Wyllys, o projeto “é um deboche.” “É o mesmo que propor um projeto para criminalizar o racismo contra brancos. Na realidade, as pessoas estão distorcendo os fatos. Não há heterofobia no Brasil”.

Jean Wyllys defendeu os ativistas que se manifestam contra os projetos, dizendo que eles não vão prosperar. “Ainda que ainda que sejam aprovados na comissão de Direitos Humanos (…) eles não vão avançar em outras comissões, não vai chegar à plenário (sic)”.

[b]Fonte: The Christian Post[/b]

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