Neste domingo, 8 de março, o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher. A data remete a manifestações ao redor do mundo no início do século 20, pela igualdade de direitos civis e melhores condições de trabalho para mulheres.

A organização cristã Portas Abertas divulga alguns dados da pesquisa da Lista Mundial da Perseguição 2020 no que diz respeito à perseguição gênero-específica.

A pesquisa mostra as diferenças entre a perseguição para o homem e para a mulher e revela que mesmo quando a situação é difícil para todos os membros de uma comunidade cristã, a situação da mulher geralmente é pior devido às vulnerabilidades baseadas no gênero. 

Os cinco maiores pontos de pressão (isto é, formas de perseguição) aos quais as mulheres são submetidas são: violência sexual, casamento forçado, violência física, divórcio forçado e cárcere privado.

Ao lado de casamento forçado, violência sexual e estupro é o ponto de pressão mais comum, ambos presentes em 84% dos 73 países pesquisados. Essa combinação reforça a observação de que  a violência sexual continua sendo o principal meio de exercer poder e controle sobre as mulheres, seja dentro ou fora da estrutura formal de casamento.

Intimamente ligada ao conceito social de desonra, a violência sexual é usada com a intenção de desonrar as mulheres cristãs e, consequentemente, sua família e comunidade.

Apesar do casamento forçado dar uma aparência de respeito, quando é contra a vontade da mulher cristã, se torna um contrato de violência sexual do qual ela não pode escapar e no qual outras formas de pressão e violência são exercidas.

Violência sexual em todas as partes do mundo

Nos países em que é mais difícil viver como cristão, mulheres e meninas enfrentam perseguição como uma forma de “morte viva” invisível, prolongando seu sofrimento de maneira vitalícia como um meio de controle e punição.

Em todos os países hostis ao cristianismo na Ásia, Oriente Médio, Norte da África e África Subsaariana, a violência sexual acontece em contextos em que a marginalização geral da comunidade cria a “oportunidade” para tal ação. Por exemplo, na Ásia, mulheres cristãs são traficadas como “noivas” para a China devido às dificuldades socioeconômicas das comunidades.

Na Península Arábica, patrões exploram empregadas cristãs na surdina. Na África Subsaariana, milícias atacam mulheres em vilarejos cristãs ou as sequestram para uma vida de escravidão sexual.

Em alguns países da América Latina, mulheres são forçadas a casar para impedir o avanço da fé cristã na comunidade. Também é uma forma de punir toda a família cristã.

Neste dia especial em que a atenção se volta para as mulheres, ore para que governos e sociedades assegurem os direitos da mulher. Que as mulheres cristãs sejam respeitadas e guardadas de todo mal. Ore pelas cristãs perseguidas que enfrentam algum tipo de pressão ou violência, para que tenham graça e força para resistir no dia mal e interceda para que a igreja também se mobilize em favor da parte mais vulnerável do corpo de Cristo, investindo em programas de assistência às mulheres. 

Folha Gospel com informações de Portas Abertas

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