Pôster de “Strange World”. (Imagem: Walt Disney Animation Studios)
Pôster de “Strange World”. (Imagem: Walt Disney Animation Studios)

O filme de animação “Strange World” (Mundo Estranho) com lançamento previsto para novembro, será o primeiro filme da Disney a apresentar um romance abertamente gay entre adolescentes produzido pela empresa.

O anúncio foi feito no Instagram oficial da Walt Disney Animation Studios, com a apresentação do cartaz de divulgação.

“Acabo de ver pela primeira vez #StrangeWorld da #Disney no festival #Annecy2022. Apresenta o primeiro romance adolescente abertamente gay em um filme da Disney! #RepresentationMatters”, escreveu o desenhista de Strange World, Matthieu Saghezchi em sua conta no Twitter.

“A cena mostra o filho sendo muito tímido na frente do garoto que ele gosta, e seu pai entra e diz: ‘Prazer em conhecê-lo! Meu filho fala de você o tempo todo’ e envergonha ainda mais o filho. Muito lindo”, descreve.

A investida na Disney em produções com teor na ideologia de gênero só aumenta. Porém, o que antes aparecia de forma velada, agora está aberto.

A empresa de entretenimento, com foco no público infantil e na família, teve vários personagens que foram assumidos como gays – embora sua sexualidade nunca tenha sido reconhecida – em projetos anteriores.

Um exemplo é o personagem LeFou do live-action “A Bela e a Fera”, que foi anunciado como gay, junto com o ciclope animado Officer Spector de Onward, mas nem a sexualidade do personagem foi reconhecida abertamente, nem desempenhou um papel importante no desenvolvimento da trama, explica a Metro Weekly.

Na semana passada, a Disney lançou Lightyear, um spin-off de Toy Story, com a exibição de um beijo lésbico. O filme, proibido em 14 países de maioria muçulmana e na China, teve bilheteria abaixo do esperado tanto.

‘Prejudicial às crianças’

Em entrevista à ACI Prensa, Pilar Escobar Varela, mestre em Ciências da Família pela Universidade de Málaga, na Espanha, disse que “familiarizar e normalizar crianças em idade tão precoce com relacionamentos homossexuais coloca em altíssimo risco o desenvolvimento saudável, tranquilo e normal de sua própria sexualidade”.

“Como mãe e especialista em questões familiares, acredito que a sociedade, incluindo pais, educadores, legisladores e também a indústria do entretenimento, são chamados a dar às crianças o melhor, e isso inclui altos ideais que as motivem e inspirem a se desenvolverem plena e saudavelmente”.

“O lugar por excelência onde o ser humano se desenvolve plenamente e aprende a amar é uma casa composta por um homem e uma mulher onde os filhos se enriquecem com a complementaridade dos pais e reforçam a sua identidade sexual”, declarou Pilar.

Para a peruana Giuliana Calambrogio, mãe de oito filhos e mestre em Matrimônio e Família pela Universidade de Navarra, “a inocência das crianças deve ser protegida”.

Em entrevista ao ACI Prensa, disse que não se deveria colocar as crianças “em situações em que terão um conflito entre o que é natural e aquelas situações que, embora aconteçam, não fazem parte do comum”.

“Uma criança entre 4 e 6 anos está na idade do pensamento imaginário, acredita em unicórnios, fadas, Papai Noel. Por isso, alguns aproveitam essa idade para introduzir a ideia de gênero, de homossexualidade, e tentam normatizar isso”, disse.

Fonte: Guia-me com informações de ACI Digital

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