Cris Poli, mais conhecida como Supernanny, em entrevista ao Positivamente Podcast. (Foto: Captura de tela/YouTube Positivamente Podcast)
Cris Poli, mais conhecida como Supernanny, em entrevista ao Positivamente Podcast. (Foto: Captura de tela/YouTube Positivamente Podcast)

Ao destacar os princípios da palavra de Deus para uma boa educação, a pedagoga e escritora Cris Poli — mais conhecida como Supernanny — disse em entrevista ao Positivamente Podcast que “sem Jesus não se pode fazer nada”.

Ela atribui o sucesso de seu trabalho no SBT, de 2006 a 2014, totalmente a Deus. “Toda honra, toda glória e todo louvor seja dado a Ele”, disse ao revelar que levava os princípios da Palavra aos lares brasileiros, para ajudar pais e mães na educação dos filhos.

A educadora dá seu testemunho e disse que entende sua vinda ao Brasil como um “chamado de Deus”. Ela e o marido se converteram em pouco tempo, após conhecer alguns cristãos no país. Os filhos também aceitaram a Jesus em seguida.

“Quando conheci a palavra de Deus, e vi o que Ele pensa sobre educação, mudou totalmente a minha vida”, disse ao contar que, há 25 anos, abriu uma escola cristã em São Paulo — Escola do Futuro — com educação bilíngue, onde foi co-fundadora, diretora e professora.

Na época, a presidente da escola e pastora da igreja onde Cris frequentava, disse que o SBT precisava de um educador para atuar no programa Supernanny e começaram a procurar em escolas.

“Você vê como Deus age? Com a quantidade de escolas que existem em São Paulo, eles chegaram onde eu trabalhava. Fiz o teste e deu certo”, disse ao contar que muitas coisas podiam ser barreiras para isso acontecer, mas não foram.

“Eu já era velha, tinha 60 anos, não sou brasileira e não sabia nada de televisão. E eles me quiseram mesmo assim. Eu tive que aprender tudo. A única bagagem que eu carregava era o conhecimento na Educação e na educação cristã”, lembrou.

Cris Poli, então, disse que orou para saber se era isso mesmo o que Deus queria, já que estava muito bem na escola que havia ajudado a fundar. “Se fosse algo de Deus, tudo iria fluir. E as portas se abriram muito rápido”, compartilhou.

A previsão era que o programa durasse 1 ano: “E durante quase 10 anos o programa ficou no ar.

“Eu tive que aprender a falar de Deus, sem falar o nome de Deus. Eu fui orando e Deus foi me capacitando”, revelou a educadora que, por trás das câmeras evangelizava as pessoas.

“As famílias foram se convertendo. Umas ligavam para as outras e Deus foi fazendo o trabalho Dele, do jeito Dele”, disse.

Cris Poli conta que a primeira família que participou do programa era evangélica, mas ela não sabia. “Terminando o programa, na despedida, a família me deu flores com um cartão, onde dizia: Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos. Choro só de lembrar”, disse emocionada.

“Eu senti uma confirmação da parte de Deus, que era aquilo mesmo e que eu deveria seguir naquele caminho. Deus ia na minha frente, segurava na minha mão e ia me levando”, continuou.

“E eu fui, fiz o programa, fiz palestras, escrevi livros, trabalhei muito. Ensinei muito, mas também aprendi muito. Cada família é um mundo e tem uma história. Aprendi a não julgar, aprendi a não criticar e aprendi que todo mundo precisa de ajuda”, reconheceu.

“Vi uma mulher sendo libertada em frente às câmeras”

A apresentadora conta sobre o que mais a emocionou durante o programa. Ela lembra de uma família da Bahia que marcou sua carreira no Supernanny. “O problema maior era com a mãe e não com os filhos. E eu vi uma mulher sendo libertada em frente às câmeras”, disse.

“Eu entrava no profundo dos problemas das famílias, então todos se emocionavam e se envolviam, toda a produção. Os câmeras choravam e riam comigo. Foi muito emocionante”, continuou.

‘Os pais estão sem tempo para os filhos’

Ao relacionar o avanço da tecnologia à condição das famílias, atualmente, Cris Poli reconhece que muitos pais estão sem tempo para os filhos. “Estão sempre ocupados com trabalho, na internet, no celular”, apontou.

Ao citar também a distração e a necessidade pelo trabalho, Cris Poli diz: “Eu sei que não é fácil para os pais, a sociedade de consumo exige muito e eles trabalham para conseguir coisas para eles e para filhos”.

“A tecnologia de hoje distrai muito, tanto adultos quanto crianças. Se os adultos não souberem colocar limites para si mesmos, os filhos também não saberão”, alertou.

Ao citar que percebe que os pais estão ainda mais desesperados do que na época do programa, ela disse que muitos pedem para ela voltar com seus conselhos. “Muitos pais não percebem a gravidade da situação”, disse ao citar que o número de suicídio entre os adolescentes está aumentando.

Citando o “fim dos tempos”, a educadora disse que a tendência é que tudo fique ainda pior. “Quando você pensa que já viu de tudo, sempre tem algo novo que é chocante. Eu procuro não ver muito as notícias, pois é tudo muito deprimente”, ela disse.

“Estamos assassinando nossos filhos”

Conforme a educadora, há crianças entre 4 e 5 anos com sintomas de autismo, mas que não possuem problemas neurológicos: “São crianças que foram expostas às telas desde bebês”.

Os sintomas do autismo por exposição às telas [TV, computadores, smartphones] são isolamento social, falta de comunicação, pouca ou nenhuma interação com os outros, sinais de atraso no desenvolvimento escolar, entre outros.

“As crianças não são doentes. É um comportamento gerado por conta do excesso de exposição às telas, desde cedo. Estamos assassinando nossos filhos, acarretando problemas para a vida toda. O que será dessas crianças no futuro?”, questionou.

“O tratamento para essas crianças é uma mudança de atitude por parte dos pais, tirando o celular e dando amor, socialização, tempo de qualidade, conversas. É um tratamento de comportamento e não de medicamento”, aconselhou.

“Ter tempo para os filhos sempre requer algum sacrifício, mas Deus tem falado comigo que esse sacrifício é uma coisa boa, é por amor, é um sacrifício que traz alegria, força e nos ajuda a ouvir a voz de Deus”, disse ainda.

“O mundo precisa de Deus”

Finalizando a entrevista, Cris Poli disse que o mundo carece do amor de Deus. “As pessoas não se amam, não se respeitam, não têm paciência. O amor foi banalizado — eu amo o café, amo o marido e amo a Deus — não pode ser a mesma coisa”, refletiu.

“As pessoas estão com o coração endurecido, precisando do amor de Deus”, disse ao comentar ainda sobre a pressa de se ter tudo na hora, de exigir os próprios caprichos e querer tudo à sua maneira.

“E as crianças estão crescendo aprendendo isso. Elas estão gritando: ‘Eu quero agora!’ E os adultos estão atendendo”, continuou.

“Mas existe uma solução, uma única saída para tudo o que você está vivendo, passando ou pensando. A solução é Jesus. Você pode não acreditar, mas busque a Jesus e Ele vai se apresentar e se manifestar a você. Você pode receber o amor de Deus através de Jesus e pode transbordar esse amor para outros”, concluiu.

Fonte: Guia-me

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