O presidente Jair Bolsonaro com os pastores Silas Malafaia, Estevam Hernandes e R. R. Soares, durante encontro com pastores no dia 05 de junho de 2020 no Palácio do Planalto
O presidente Jair Bolsonaro com os pastores Silas Malafaia, Estevam Hernandes e R. R. Soares, durante encontro com pastores no dia 05 de junho de 2020 no Palácio do Planalto

Uma pesquisa de opinião que o banco BTG Pactual realizou sobre o cenário nacional das eleições mostra que a religião pode atenuar a avaliação negativa do presidente Bolsonaro. Quando o entrevistado se declara sem religião, o índice de reprovação é superior ao daqueles que se declaram com alguma religião.

O estudo foi divulgado antes do mais recente escândalo envolvendo suposto desvio de verbas do Ministério da Educação com pastores.

De acordo com os números da pesquisa BTG Pactual, no quesito religião, 37% dos evangélicos acham péssimo o governo Bolsonaro. Somados a outros 6% de ruim, daria 43% de reprovação. Outros 20% acham bom e 17% acham ótimo, perfazendo 37%. Um total de 20% acha a gestão regular.

Entre os católicos, a avaliação negativa soma 45%, o que é um percentual equivalente aos evangélicos.

O dado curioso da pesquisa é que, se não tiver religião, o entrevistado é mais crítico em relação ao governo Bolsonaro. A pesquisa apresenta 62% de péssimo e 11% de ruim para as avaliações de governo.

Intenções de votos para presidente

O banco BTG Pactual divulgou, na segunda-feira, pesquisa de intenção de voto para as eleições deste ano. No principal cenário, Lula aparece com 43% das intenções de voto. Bolsonaro, com 29%.

Ciro Gomes aparece com 9% e Moro teria 8%. Doria está bem abaixo, com 2%.

Avaliação de governo é negativa.

Para 53% é ruim ou péssima. Para 29% é ótima ou boa.

Apenas 28% admitem que podem mudar o voto, enquanto 71% disse que já decidiu. No caso dos principais competidores esta certeza de que não mudará o voto chega a casa dos 80%.

Por este indicador, o caminho para a vitória pode passar pelos candidatos da terceira via, como Ciro Gomes e Moro. Os eleitores deles são os que mais podem mudar o voto. No caso de Ciro, 58% diz que pode mudar. Deve ser ai que Lula espera colher votos. No caso de Moro, 56% admite que pode mudar de voto. Pode ser um caminho para o candidato Bolsonaro.

E são estes eleitores que são os mais suscetíveis a dar o tal voto estratégico, para impedir a eleição de alguém de quem não gostariam de ver eleito.

Com 64% das citações, Bolsonaro é o candidato, de acordo com a pesquisa, que os eleitores mais gostariam de não ver eleito com o voto estratégico. Lula aparece logo depis, com 24% das citações. O terceiro seria João Doria, com 3%.
Evangélicos

Em um dos recortes da pesquisa, Lula está equilibrando o jogo entre os evangélicos, base de Bolsonaro até aqui.

De acordo com o estudo, do total de entrevistados evangélicos, 38% votaria em Lula e 37% em Bolsonaro. Moro e Ciro teriam 7% cada um neste extrato. Entre os católicos, Lulabate em 47% e Bolsonaro teria 25%.

Por região, segundo a pesquisa, Bolsonaro só bateria Lula no Sul, onde teria 40% contra 28% do petista. No Nordeste, o placar é de 59% a 18% contra o ex-militar.

A pesquisa de opinião, em sua 1ª rodada, teve campo de 18 a 20 de Março, com registro no TSE sob o número BR-09630/2022. O levantamento foi realizado pela FSB Pesquisa, de São Paulo.

Em um eventual segundo turno, a pesquisa diz que Lula teria 54% e Bolsonaro teria 35% das intenções de voto.

De acordo com a pesquisa, Bolsonaro teria uma taxa de 59% dos votantes e Lula, 41%. Moro 49% e Ciro 41%.

Fonte: NE10

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