O presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniu nesta quarta-feira (24) com o papa Francisco no Vaticano.
Após cumprimentos tensos, os dois líderes pareciam estar mais relaxados após conversa em particular por cerca de 30 minutos.
[img align=left width=300]https://abrilveja.files.wordpress.com/2017/05/2017-05-24t084505z_74707161_rc17f6ad3570_rtrmadp_3_usa-trump-pope.jpg[/img]Francisco pediu a Trump que aja como um pacificador no mundo. “Não irei me esquecer do que você disse”, respondeu o líder americano.
O republicano presenteou Francisco com uma caixa com livros de Martin Luther King. “Acho que você vai gostar deles, espero que goste”, disse.
Já o papa deu a Trump uma pequena escultura de uma oliveira e disse que aquele era um símbolo da paz.
“Espero que você se torne uma oliveira e construa a paz”, disse o papa em espanhol, sendo traduzido por um intérprete.
“Podemos usar um pouco de paz”, respondeu Trump. O americano também recebeu e prometeu ler dois textos de Francisco sobre paz e proteção ambiental.
Entre eles, estava o texto “Não violência – Um Estilo de Política para a Paz”, e uma cópia de sua encíclica redigida em 2015 que trata da necessidade de proteger o meio ambiente das mudanças climáticas.
Na campanha eleitoral, Trump descreveu como “boatos” as evidências científicas sobre a influência do homem para o aquecimento global. Já no cargo, propôs cortes profundos em agências ambientais e a eliminação de diversas regulamentações do setor.
O presidente estava acompanhado da primeira-dama, Melania Trump, de sua filha mais velha, Ivanka, e de outros membros da delegação do governo dos EUA.
Foi a primeira vez que Trump e o papa se encontraram.
[b]CRÍTICAS[/b]
No passado, o pontífice fez críticas à retórica belicosa do republicano.
Em maio deste ano o papa disse “sentir vergonha da mãe de todas as bombas”, nome dado ao o explosivo mais potente do arsenal não-nuclear dos EUA, usado pelo governo Trump para atacar terroristas no Afeganistão.
No ano passado, durante a campanha eleitoral nos EUA, Francisco criticou a proposta de Trump de construir um muro na fronteira com o México. Ele disse na época que “buscar salvadores que nos defendam com muros é perigoso”.
Com a ida ao Vaticano, o presidente americano encerra seu giro pelos centros das três principais religiões monoteístas –ele passou nos últimos dias pela Arábia Saudita, onde se reuniu com líderes islâmicos, o por Israel.
O líder americano, que faz sua primeira viagem ao exterior desde que chegou ao poder, segue agora para a Sicília, onde participará de uma cúpula do G7 (grupo das sete principais economias desenvolvidas). Depois, ele irá a Bruxelas para uma reunião da Otan (aliança militar ocidental).
[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]