No primeiro dia deste ano, um grupo de cristãos se reuniu em um escritório da escola do partido comunista (onde o quadro militar do Partido Comunista da região é treinado) na cidade de Baoding, província de Hebei. Eles se reuniram para celebrar o Ano Novo com um estudo bíblico. Entretanto, o grupo foi cercado e invadido por funcionários do Comitê de Segurança Pública da região, por volta das 10 horas.
Mais de 40 cristãos foram levados para um interrogatório. A maioria deles só foi liberada depois das 18 horas daquele mesmo dia. Entre eles estava Li Baiguang, um famoso ativista legal cristão de Pequim.
O estudo bíblico foi recepcionado pela professora Geng Sude, a vice-diretora da Escola do Partido. Ela foi libertada depois de diversos dias de investigação. A professora Sude (com cerca de 50 anos) é uma intelectual cristã da igreja doméstica chinesa. Ela está sob estrita vigilância agora.
Na mesma província de Hubei, a polícia invadiu outra reunião cristã no dia 4 de janeiro, na cidade de Erlangmiao. Três cristãos foram levados à delegacia. Dois deles foram libertados no mesmo dia, enquanto o terceiro, An Wenqing, professor do seminário da igreja doméstica, foi libertado em 5 de janeiro, depois de ser interrogado durante 14 horas pela polícia.
Em meio aos ataques, a Associação de Ajuda à China soube que o número de cristãos no país aumentou. Conforme uma fonte confiável, soube-se que Yie Xiaowen, diretor da Administração do Estado Chinês para Assuntos Religiosos, afirmou em duas reuniões (realizadas na Universidade de Pequim e na Academia Chinesa de Ciências Sociais) que o número de cristãos no país alcançou a marca de 130 milhões, incluindo 20 milhões de católicos. O governo chinês sempre subestima o número de religiosos em suas estimativas oficiais.
Fonte: PortasAbertas