Membros de uma seita de Bangladesh tentaram intimidar parentes e amigos de Aminur Rahman, um ex- muçulmano de 60 anos que morreu de causas naturais, a ser enterrado de acordo com as tradições islâmicas.
Aminur Rahman se converteu ao cristianismo e há três anos vinha implantando igrejas ligadas à Igreja Presbiteriana de Bangladesh (PCB). Ele já estava sofrendo de um coração fraco e pressão alta. Era conhecido por sua dedicação e entusiasmo no ministério apesar da condição fraca de saúde.
Um grupo formado por cinco membros da Igreja Presbiteriana de Bangladesh tentou visitar a família dele na manhã de 3 de março. No entanto, no caminho para a aldeia de Madargonj, no distrito de Melandaha, recebeu ameaças por telefone de alguns membros da seita.
“Eles disseram que nós todos morreríamos antes do corpo de Aminur ser enterrado”, de acordo com o relato de uma das pessoas feito a um integrante da Portas Abertas.
A família dele foi ameaçada de expulsão da aldeia e recebeu ameaças de que a casa seria queimada a menos que o enterro de Aminur fosse realizado de acordo com as tradições islâmicas.
Multidão exige enterro islâmico
Uma multidão com cerca de 10 mil pessoas já havia se juntado antes que o grupo da igreja chegasse à casa de Aminur. O líder do grupo e um pastor de outro distrito se juntaram em oração.
Cerca de 60 motocicletas foram estacionadas ao lado da casa de Aminur. De dentro do lar da família cristã ouviam-se gritos e mais gritos. Apesar da oposição dos membros da seita para que Liton, o filho de Aminur, enterrasse o pai como um muçulmano, o rapaz insistia que o pai seria enterrado como cristão.
Uma sepultura foi cavada em um canto do lote. Os cristãos começaram a orar e cantar. Vendo a situação, os muçulmanos locais foram simplesmente ficando quietos. Uma parte partiu, outra acompanhou a cerimônia em silêncio e nesse momento os que ficaram tiveram a oportunidade de aprender sobre o ministério cristão de Aminur.
Intervenção divina
Milagrosamente, considerando que o grupo da igreja havia recebido ameaças antes da visita, nada negativo aconteceu. Muito pelo contrário. A equipe orou e pregou a palavra de Deus durante todo o ritual do enterro.
“Estou encantado com o modo como Deus me usou para orar e falar do evangelho na frente de uma multidão enorme e inicialmente raivosa. Não tive nenhum medo por causa de Deus e das orações dos irmãos. Minha esposa estava ao lado de mim e me fortaleceu”, contou o líder do grupo, emocionado.
“Antes de deixar minha casa, orei para que Deus nos protegesse e para que nada acontecesse a qualquer um de nós. E Ele respondeu a nossa oração. Eu vi como Deus proveu meu marido com as palavras sábias no momento certo”, contou a esposa do líder do grupo.
A morte de Aminur incentivou mais cristãos em Madargonj. “Os crentes ficaram mais visíveis. Eles apoiaram a família fortemente (que decidiu pelo enterro cristão a despeito das conseqüências). Uma pessoa presente disse que quando morrer, também deseja ser enterrado como um cristão”, contou o líder.
Aminur não tinha medo de expor sua fé. Em 2007, batizou 30 ex-muçulmanos. Ele morreu às 10h30 do dia 2 de março, deixando a esposa dois filhos e uma filha.
A Igreja Presbiteriana de Bangladesh pede nossas orações pelo fortalecimento da igreja em Madargonj agora que o pastor deles, Aminur Rahman, foi para junto do Senhor.
Fonte: Portas Abertas