Uma “carta ao povo paraibano”, assinada por 40 entidades e movimentos sociais, exige que o arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, dê explicações sobre a suspensão do padre e deputado Luiz Couto (PT-PB) de suas funções como sacerdote.
Dom Aldo Pagotto suspendeu Couto porque ele defendeu, em entrevista, o uso da camisinha, os homossexuais e o fim da obrigatoriedade do celibato para os padres.
Entre os autores da nota estão o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a Astrapa (Associação das Travestis da Paraíba).
Segundo as entidades, a “gota d’água foi a perseguição ao padre e deputado federal Luiz Couto, representante legítimo do povo paraibano que, por defender questões de direitos humanos e de saúde pública, foi privado de exercer o sacerdócio por um ato arbitrário, violento e ostensivo do arcebispo”.
O texto ainda diz que o padre Couto “não teve direito à defesa e vem sendo punido por um ato meramente político e não de cunho religioso”.
Em resposta ao manifesto, a arquidiocese, em nota, diz que “não há perseguição política ou religiosa ao padre Couto”.
“A suspensão de Ordem [afastamento das funções como padre] deveu-se ao fato de o sacerdote dizer em entrevista e confirmado ao próprio dom Aldo ser favorável ao uso do preservativo, do homossexualismo e ao fim do celibato, provocando confusão entre os fiéis cristãos, e contrariando as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica”, diz a nota.
Fonte: Folha Online