Pastor Yago Martins
Pastor Yago Martins

Em entrevista ao Gazeta do Povo, no podcast “Diálogos da Liberdade”, o teólogo Yago Martins, do canal Dois Dedos de Teologia, reflete sobre a forma como os cristãos estão sendo vistos dentro de uma sociedade plural, que se incomoda cada vez mais com as regras e os valores estabelecidos pela Bíblia.

O jornalista Paulo Polzonoff Jr, que promoveu o debate, questionou o motivo pelo qual é tão importante lutar por liberdade religiosa. “A liberdade religiosa não existe sozinha. As pessoas precisam de liberdade para viver suas vidas de acordo com seus interesses”, iniciou Yago.

Liberdade religiosa não é uma forma de proteger minorias, mas de conceder a todos a liberdade de crença. O contrário de liberdade religiosa é o cerceamento de ideias e de fé”, disse.

“Como sociedade estamos retrocedendo”

Yago comenta que as pessoas possuem o direito de enxergar o mundo a partir de ideias que os outros podem achar ridículas. “Os ateus progressistas podem olhar para os religiosos e pensar isso — que possuem ideias estúpidas sobre o mundo”, comentou.

Ele também considerou o outro lado, que religiosos conservadores também podem enxergar nos outros “uma forma horrível de viver a vida” e que é através da persuasão e nunca da imposição que as questões podem ser resolvidas. “Mas, como sociedade, parece que estamos retrocedendo”, disse.

O jornalista citou que, atualmente, as leis ou as armas estão sendo usados como instrumentos de força para impor às pessoas uma maneira de viver a vida.

“Em alguns lugares é proibido agir ou pensar de determinada forma. A liberdade religiosa parece ser algo restrito a apenas um grupo fanático, que quer liberdade apenas para falar mal de gay”, Yago citou como exemplo. “É essa a imagem que o pessoal tem, quando na verdade, a liberdade religiosa é para mostrar que sua crença é inviolável”, continuou.

As realidades são diferentes

Yago fala de algumas realidades atuais. “Se dentro de uma ética própria do ambiente religioso, algumas pessoas fazem o que é visto como prática pecaminosa, elas não devem ‘apanhar’ ou sofrer por conta disso”, disse ao se referir aos homossexuais, novamente como exemplo.

Ele cita os pastores que, por conta do atual movimento LGBT, têm seus “discursos tolhidos socialmente”, ou seja, líderes religiosos têm sido investigados pelo Ministério Público quando falam contra a autodeterminação sexual.

“A mensagem cristã é uma mensagem de graça e de misericórdia, que condena ‘todo mundo’. Se tem uma coisa que o cristianismo sabe fazer, é dizer que a gente é pecador”, disse após citar que os cristãos não se concentram em homossexuais e que não são homofóbicos.

E continuou explicando que, o cristianismo condena os adúlteros, orgulhosos, preguiçosos ou lascivos. Nós somos condenados de muitas formas”, disse. “Mas há um grupo específico, que está dentro de uma pauta política, com uma agenda social muito bem manifesta que se ofende”, concluiu.

Fonte: Guia-me com informações de Gazeta do Povo

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